Organização islâmica da Indonésia rejeitada no Timor-Leste
A presença deste grupo muçulmano poderia ser uma ameaça à harmonia religiosa deste país.
Redação (18/08/2022 11:11, Gaudium Press) Haji Abdullah Inacio Antonio Soares, vice-presidente da Comunidade Muçulmana de Timor-Leste, recusou uma oferta de um importante grupo muçulmano indonésio para abrir a sua filial no seu país de maioria católica, temendo que isso destruísse a harmonia religiosa. Os muçulmanos são apenas menos de um por cento da população de 1,3 milhões do Timor-Leste, com 97 por cento de católicos.
Nahdlatul Ulama [NU] é a maior organização islâmica moderada da Indonésia, mas Soares “teme que a presença de tal organização realmente traga novos problemas ao nosso país”. “Como ser humano e muçulmano, saúdo a presença deles, mas abrir uma filial aqui como eles desejam não é fácil”, ressaltou ele à UCA News.
A delegação reuniu-se com líderes da comunidade muçulmana do Timor-Leste e com o Presidente José Ramos-Horta e discutiu questões relacionadas com a reconciliação, fraternidade humana e paz.
A visita visava estabelecer “amizade e consolidação” e abrir a uma sucursal nesse país.
O grupo é bem-vindo para trabalhar com muçulmanos em Timor-Leste em áreas sociais como a educação. Porém, a abertura de uma filial desta organização levaria outras organizações a fazerem o mesmo, colocando em risco o futuro da coexistência de diferentes religiões que “até agora tem corrido bem” e não deve ser perturbado.
A rejeição de Soares foi apoiada nas redes sociais.
Faralata-Ratutey Arapausa’e Simao escreveu no Facebook que Timor-Leste não precisa de organizações islâmicas “porque na Indonésia é difícil para os cristãos estabelecerem igrejas”.
Em outro post, disseram que se os indonésios abrissem uma filial, possivelmente abriria caminhos para grupos radicais entrarem em seu país.
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