Ordem de Malta comemora IX centenário de seu fundador Beato Gerardo
“O mandamento do amor é o distintivo que nos fará reconhecer como discípulos autênticos de Jesus”.
Salerno – Itália (03/09/2020, 16:00 – Gaudium Press) Na manhã desta quinta-feira (03/09) na igreja de São Pedro in Scala, em Salerno, foi realizada uma solene celebração Eucarística pelos 900 anos do nascimento do Beato Gerardo, o monge que fundou a Ordem de Malta no já longínquo ano de 1048.
A cerimônia foi presidida pelo Cardeal Angelo Becciu, Delegado Especial da Ordem Soberana Militar de Malta e Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos. Que na ocasião afirmou a propósito da Ordem dos Cavaleiros de Malta: “O mandamento do amor é o distintivo que nos fará reconhecer como discípulos autênticos de Jesus”.
Beato Gerardo: um monge com uma fé inabalável, capaz de dar amor através do serviço
Na sua homilia o cardeal descreveu o fundador da Fraternidade de São João – que mais tarde se tornaria a Ordem dos Cavaleiros de Malta – como um monge capaz de dar amor através do serviço, com uma fé inabalável a ponto de ir até a Terra Santa antes da viagem de São Francisco de Assis.
“Gerar mudança despertando maravilha e compaixão”
Ao recordar o lema do frei Gerardo ‘tuitio fidei et ubesquium pauperum’, Dom Becciu enfatizou que para o Beato, Deus está no centro de tudo, assim como a necessidade de amar, mas também de dar testemunho deste amor com a fé e a evangelização. É a missão da Igreja, dos consagradas, mas também de todos os fiéis leigos batizados: “Gerar mudança despertando maravilha e compaixão”.
A mensagem que o Beato Gerardo: trazer o Paraíso à terra
“Amar os outros como ele ama a Deus não é uma opção, não é um corolário na vida da Igreja, mas é um requisito primordial, é o mandamento do amor – lembra o cardeal Becciu – o distintivo que nos fará reconhecer como discípulos autênticos de Jesus”.
Este é o alcance inovador do cristianismo: trazer um pedaço do paraíso à terra, que é, precisamente, o amor.
Mas esta é também a mensagem que o Beato Gerardo deixa a seus confrades e a todos nós: viver e difundir a missão da Igreja e a própria vocação sem ceder; só assim se pode tornar o sofrimento dos mais necessitados mais suportável e o próprio testemunho mais acreditável.
Servindo o próximo por amor de Deus, 900 anos depois
A propósito de testemunho, o cardeal recordou que ainda hoje os Cavaleiros de Malta mostram sua propensão para o serviço, auxiliando, socorrendo as populações necessitadas, amando o próximo por amor de Deus.
E foi exatamente isso o que aconteceu, ressaltou o Cardeal Angelo Becciu, quando, sobretudo na Itália, durante a emergência da pandemia do coronavírus, estiveram eles na linha de frente, ao lado dos desabrigados e dos idosos necessitados de assistência. (JSG)
Deixe seu comentário