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O que é a febre de alma? Como curar?

A liturgia deste 5º Domingo do Tempo Comum traz um trecho de São Marcos. Sem dúvida, o fato principal desta narração é a cura da sogra de São Pedro, a qual estava de cama por conta de uma forte febre. Como consequência deste episódio e da fama que se espalhara em toda a Galileia, todos os habitantes da região traziam seus enfermos e possessos pelo demônio para serem curados por Jesus.

Jesus cura doentes

Redação (06/02/2021 20:51, Gaudium Press) Quando falaram a Jesus que a sogra de Pedro estava de cama, Jesus a tomou pela mão e, levantando-a, afastou dela a febre. Que vem a ser esta febre que a afligia?

O que é a febre de alma?

Muito mais que uma reação natural do corpo humano, uma autodefesa do organismo ou qualquer outra coisa, esta febre representa tudo aquilo que nos impede de servir a Deus. Sim, pois está escrito por São Marcos que quando a febre a deixou, ela se pôs a servi-los.

Ora, o que é que pode impedir o homem de servir a Deus? Bem podemos dizer que é a febre de alma, doença esta que é muitíssimo mais comum do que se imagina. Serão, para alguns, certos apegos às coisas deste mundo; bens terrenos; más amizades; sensualidade; para outros, será o desinteresse pela religião, pela vida espiritual, pela educação dos filhos, ou serão, enfim, as coisas que tornam distantes, longínquas as relações do homem com Deus, isto é: o pecado.

Com o pecado, o homem torna-se incapaz de servir a Deus. Mas para o pecado não existe solução? Sim, haverá para aqueles que, tendo arrependimento verdadeiro, confessarem suas misérias, suas febres. A estes Jesus toma pela mão, os levanta e os cura. Para quê? Para que o sirvam! E isso basta? Não…

A prova disso encontramos no próprio Evangelho. Muitas pessoas, ao saber que Jesus estava em casa da sogra de Pedro, vieram trazer-lhe doentes e possessos. Diz o Evangelista que a cidade inteira se ajuntou à porta da casa. Entretanto, a continuação do texto aponta uma peculiaridade: “Ele curou muitos que sofriam de diversas enfermidades” (1, 34). Muitos não são todos. Por quê? Por acaso havia algum doente que Jesus não fosse capaz de curar? Lamentavelmente, sim… E hoje ainda há! São aqueles que não querem abandonar sua própria doença, sua febre, sua miséria, seu pecado. Os que não querem, portanto, ser tomados pela mão de Deus; os que não querem ser levantados (quiçá por julgarem-se de pé…); os que não querem ser curados – talvez – por não querer servir a Deus, mas a si mesmos.

Como curá-la?

Com confiança e certeza na misericórdia de Nossa Senhora e um firme propósito de emenda, qualquer doença pode ser tirada. Se ali, em casa da sogra de Pedro, estivesse Maria, a Mãe de Jesus, e os enfermos tivessem direcionado a Ela apenas um olhar, pedindo socorro, no momento em que Ela intercedesse junto a seu Filho, tudo estaria resolvido. Não seriam muitos os curados; mas, quiçá, todos.

Depois de curados, entretanto, Ela quer ver a cada um de nós servindo a Deus com alegria e generosidade de coração.

Por Afonso Costa

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