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Novo ataque terrorista na República Democrática do Congo

Cinquenta pessoas sequestradas, dois mortos, farmácias saqueadas, centro de saúde, camiões incendiados: este é o balanço do ataque ocorrido na noite de ontem (terça-feira) para hoje (quarta-feira) pelo grupo rebelde ADF-Nalu em Kabasha.

Danos após o ataque em Kabasha. Foto: Vatican News

Danos após o ataque em Kabasha. Foto: Vatican News

Redação (09/11/2022 16:08, Gaudium Press) Os habitantes de Kabasha, uma localidade localizada no leste da República Democrática do Congo, foram surpreendidos na noite de 8 de novembro para 9 de novembro pelo grupo extremista islâmico Aliança das Forças Democráticas (ADF-Nalu) que matou, saqueou, incendiou, sequestrou e cometeu outros atos de barbárie antes de fugir.

O Padre Roger Malengera, pároco da localidade vizinha de Maboya, onde há três semanas ocorreu um ataque semelhante pelo mesmo grupo ADF-Nalu, descreveu a situação e exortou as autoridades a garantir a segurança da população e seus bens.

“Os bandidos vieram como de costume. Eles estavam armados. Era por volta de 1h da manhã. Eles começaram atacando a delegacia de polícia. Em seguida, começaram a disparar por toda parte em Kabasha, a forçar portas e saquear todas as lojas e farmácias”.

Perto da paróquia católica de Nossa Senhora de Fátima, nesta localidade, os assaltantes mataram à queima-roupa uma idosa, que não pôde fugir devido à sua idade. Um bebê também foi encontrado morto sufocado no centro de saúde local.

“Como se não bastasse, foram até ao Centro de Saúde Protestante do CBCA, Comunidade Batista no Centro da África, queimaram o prédio: centro cirúrgico, maternidade, etc., como em Maboya. Eles saquearam tudo, depois fugiram e sequestraram cerca de cinquenta pessoas, incluindo o médico do centro hospitalar ”, continuou o sacerdote.

Entre os principais danos, o sacerdote relatou a queima de três grandes caminhões, mercadorias, carros, veículos que transportavam verduras e lojas da praça.

De acordo com o Padre Malengera, os assaltantes não são outros senão os do grupo extremista ADF-Nalu: “É uma história que dura há mais de 8 anos, são os mesmos bandidos, que têm o mesmo modus operandi.[…] Todas essas atrocidades dá “a impressão de que o infortúnio se tornou nosso pão de cada dia. Estamos sendo mortos aos poucos”, lamentou.

Entretanto, Pe. Malengera pediu para não perder a esperança, não desistir, porque “o mal nem sempre triunfará. Deus está aqui, um dia o inimigo será confundido”.

Com informações Vatican News.

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