Nova lei de eutanásia “É um assassinato deliberado”, dizem Bispos do Canadá
Antes de entrar em vigor a nova lei da eutanásia que permite mais suicídios assistidos, os Bispos do Canadá afirmam: “É um assassinato deliberado de vidas humanas”.
Redação (14/04/2021, 18:05, Gaudium Press) Os bispos canadenses emitiram uma declaração contra a nova lei que amplia os casos em que a eutanásia e o suicídio assistido são declarados legais:
“É um assassinato deliberado de vidas humanas”, dizem eles.
A nova lei de eutanásia aprovada no Canadá, que amplia a possibilidade de receber assistência médica para acabar com a vida, antes reservada apenas para aqueles que tinham “uma previsão razoável de morte natural, tem sido alvo de duras críticas por parte da Conferência Episcopal Canadense.
Recentemente o presidente da entidade episcopal, Arcebispo Dom Richard Gagnon, de Winnipeg, garantiu:
“Nossa posição permanece inequívoca: a eutanásia e o suicídio assistido constituem o assassinato deliberado de vidas humanas e viola os mandamentos da Lei de Deus; eles corroem a dignidade compartilhada ao impedir a consideração, a aceitação e o acompanhamento daqueles que sofrem e morrem.
Além disso, eles prejudicam nosso dever fundamental de cuidar dos membros mais fracos e vulneráveis da sociedade.”
“Na verdade, –disse o Presidente da Conferência dos Bispos Canadenses–, a legislação também inclui pessoas que podem não estar em risco de morte iminente, mas que atingiram um estado de “sofrimento físico ou psicológico intolerável” devido a uma doença incurável ou deficiência”.
A vida humana deve ser protegida desde a concepção até a morte natural, em todas as fases e sob todas as condições
A nota dos Bispos canadenses, assinada por Dom Richard Gagnon de Winnipeg reitera que “a vida humana deve ser protegida desde a concepção até a morte natural, em todas as fases e sob todas as condições”.
Ele afirma que, com a provação da nova lei, os enfermos com problemas de Saúde mental e os deficientes poderão ser submetidos a pressões “muito reais, perigosas e potencialmente destrutivas”.
Os prelados canadenses expressam ainda sua gratidão e procuram mostrar seu apoio a todos os trabalhadores e voluntários da saúde “compassivos”, que “continuam a defender a vida, resistem à eutanásia e ao suicídio assistido, promovem o cuidado para com a família, amigos e entes queridos em seu sofrimento, ou auxiliando os doentes.
Dessas considerações nasce o apelo da Conferência Episcopal para que se promova “acesso rápido aos cuidados de saúde mental, apoio social para os doentes mentais e programas de prevenção do suicídio”, protegendo assim os doentes crônicos, que sofrem de doenças degenerativas ou vivem isolados em instalações de cuidados de longa duração. (JSG)
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