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Nossa Senhora das Mercês

Hoje, 24 de setembro, a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora sob a invocação de Nossa Senhora das Mercês.

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Redação (24/09/2023 12:27, Gaudium Press) A invocação e devoção a Nossa Senhora das Mercês vem da Idade Média. Naquela época, milhares de cristãos eram aprisionados por piratas mouros no Mar Mediterrâneo ou nas regiões costeiras, e encerrados em sombrias masmorras ou vendidos como escravos nas cidades maometanas sob risco de perderem sua fé católica.

O milagre das Cadeias de São Pedro, narrado nos Atos dos Apóstolos, serviu de inspiração para a fundação de uma ordem religiosa com o objetivo de resgatar esses infelizes cativos:

“Pedro dormia entre dois soldados, ligado com duas cadeias. Um anjo do Senhor resplandeceu no cárcere e, tocando-o, disse: Levanta-te, e segue-me. E as correntes caíram das suas mãos (…) Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo” (cf. At 12, 6-10).

Em homenagem a este milagre, a Igreja estabeleceu a festa das Cadeias de São Pedro, comemorada no dia 1º de agosto. Justamente nesta festa, no ano 1218, Nossa Senhora apareceu a São Pedro Nolasco e lhe disse ser do agrado de Deus a fundação de uma congregação com o título de Nossa Senhora das Mercês, para o resgate dos cativos cristãos.

Ele foi logo comunicar o fato a São Raimundo de Peñafort, o qual declarou ter recebido a mesma graça da Mãe de Deus. Pouco depois, foram os dois tratar com o Rei Jaime sobre os meios para levar avante a fundação, e este lhes informou que também a ele a Santíssima Virgem havia aparecido, fazendo idêntica comunicação.

Assim, graças a uma conjugação de fatores sobrenaturais, e ajudada pelo prestígio de São Raimundo, foi fundada, em 10 de agosto de 1218, a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, conhecida como a dos “Mercedários”, dedicada às obras de misericórdia, especialmente com os cativos.

A palavra mercê significa: misericórdia, ajuda, caridade. Esta comunidade religiosa se desenvolveu rapidamente, atraindo para suas fileiras numerosos fidalgos da França, Alemanha, Inglaterra e Hungria, e tem ajudado prisioneiros há muitos séculos.

Lembremos que aqueles que ajudam os cativos ouvirão de Cristo no dia do Juízo: “Quando estive na prisão, fostes visitar-me […]”todas as vezes que fizestes isso a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25, 40).

Afinal, somos todos prisioneiros do pecado original e dos nossos próprios pecados, e por isso podemos ter Nossa Senhora das Mercês como nossa padroeira, para que nos liberte desse cativeiro.

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