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Nicarágua: Ditadura de Ortega promoveu mais de 500 ataques contra a Igreja Católica

Segundo relatório intitulado “Nicarágua: uma igreja perseguida?”, 90 desses ataques ocorreram durante este ano de 2023.

Nicaragua Ditadura de Ortega promoveu mais de 500 ataques contra a Igreja Catolica

Foto: Cathopic/Enrique Casasola.

Nicarágua – Manágua (04/05/2023 16:56, Gaudium Press) A Igreja Católica em Nicarágua sofreu, nos últimos cinco anos, ao menos 529 ataques perpetrados pela ditadura de Daniel Ortega. É o que diz a terceira parte de um relatório intitulado “Nicarágua: uma igreja perseguida?”.

Segundo a pesquisadora e advogada Martha Patricia Molina, 90 desses ataques ocorreram durante este ano de 2023. O documento, que condena a prisão de líderes religiosos e leigos, detalha as hostilidades, perseguições, assédios, profanações, destruições, roubos, expulsões e confiscos perpetrados pelo governo ditador.

2022 foi o ano com o maior número de ataques

De acordo com o relatório, a Igreja Católica na Nicarágua sofreu 84 ataques em 2018, 80 em 2019, 59 em 2020, 55 em 2021, 161 em 2022 e 90 nos quatro meses deste ano. Os números de 2022 foram os maiores dos últimos cinco anos, porém é possível que 2023 supere o ano anterior.

Dentre as agressões estão a prisão injusta do Bispo Rolando Álvarez desde fevereiro; a expulsão de 32 religiosas do país; o confisco de 7 edifícios da Igreja pelo regime ditatorial; e o fechamento de vários meios de comunicação.

Que não repitamos os erros atuais

Além disso, o documento registra a supressão de 3.176 procissões durante a última Semana Santa, a sistematização das hostilidades, hostilidades contra a Igreja Católica de abril de 2018 a 2023 e uma cronologia de profanações, sacrilégios, atentados, roubos e ataques contra a Igreja.

Dividido em quatro capítulos, o estudo propõe “sistematizar, mostrar e contribuir com a história política, cultural e social da Nicarágua, para as gerações futuras e atuais, a fim de não esquecer os acontecimentos e decisões das partes”. Molina pretende ainda “transformar o estudo em uma coleção de lições humanas e experiências sociais e políticas para que não repitamos os erros atuais”. (EPC)

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