Na Semana Santa: 5 passos para uma boa confissão
Dom José Ignacio Munilla oferece cinco conselhos práticos para aproximar-se da confissão; cinco passos que ajudam a chegar à reconciliação com Deus pelo sacramento da confissão.
Redação (Terça-feira, 07-04-2020, Gaudium Press) Durante a Semana Santa os católicos podem encontrar uma oportunidade especial para cumprir a recomendação da Santa Igreja de que os fiéis se confessem pelo menos uma vez cada ano.
Na Semana Maior as celebrações litúrgicas despertam as lembranças da Paixão de Cristo. E estas recordações nos levam a perguntar porque Jesus padeceu tanto. A resposta não se faz esperar: os padecimentos de Nosso Redentor são o preço de nossa salvação, o preço pago por ele para alcançar o perdão dos pecados, restituir a amizade com Deus e obter a salvação da humanidade inteira.
Nossos pecados atuais também contribuíram para que o justo e santo por excelência passasse por todos os padecimentos inenarráveis sofridos por nosso Salvador.
Jesus foi vítima pelos nossos pecados e é bem o caso de se pedir perdão.
Então, a Semana Santa torna-se uma oportunidade a mais para que se peça perdão das faltas, dos erros praticados, do mal cometido, dos pecados que infelizmente cometemos contra Deus e contra os irmãos: Portanto, é hora de se fazer uma boa confissão.
Para que isso aconteça, recordamos brevemente cinco passos que ajudam a chegar ao perdão e reconciliação com Deus através do sacramento da penitência ou confissão. Estes passos foram conselhos práticos para aproximar-se da confissão enumerados por Dom José Ignacio Munilla, Bispo de San Sebastián, na Espanha, em uma antiga palestra que ainda continua muito atual. (Leia mais sobre a Confissão-clique aqui)
Cinco Passos para fazer uma boa confissão
A seguir, confira esses 5 passos para uma boa confissão:
Exame de consciência
“Preparar-se para a confissão não tem que ser diferente de fazer um tempo de oração, colocando-se na presença de Deus, e isso é fazer oração”, assegurou o Prelado, que incentivou a “pedir luz ao Espírito Santo, para nos vermos com os olhos de Deus”.
Dom José explicou que, nesse sentido, pode ser útil repassar os mandamentos da lei de Deus ou os da Santa Mãe Igreja para ver em que se pecou, no que ofendeu a Deus.
Pode-se também recordar “as bem-aventuranças, repassar os pecados capitais, as virtudes teologais e morais” e vermos onde deixamos de cumprir os mandamentos e conselhos evangélicos e pecamos.
Dor no coração
“O segundo conselho é que a confissão seja precedida por um ato de amor de Deus, que é o ato de contrição. O amor e a dor são o verso e reverso de uma mesma moeda, uma grande alegria porque Deus me perdoa e uma grande pena porque não soube amá-lo como merecia”.
Dom José Munilla destacou que é “essencial o ato de contrição” que sempre deve vir unido ao “desejo de confessar nossos pecados”.
Propósito de emenda
O propósito de emenda “está muito ligado à contrição e se trata de ver quais passos tenho que dar para que meu arrependimento seja proativo e sincero”, explicou o Bispo de San Sebastián.
O prelado falou sobre o caso de fazer um “exercício de discernimento”, ou seja, procurar ver o que se poderia fazer para vencer quando formos tentados. E insistiu que esse exercício de discernimento “É um juízo de prudência para ver como nos situarmos frente à tentação. É preciso vencer a tentação respondendo-lhe desde o primeiro segundo, que não cresça, que não se torne mais forte”, afirmou ele, para depois destacar que “com o demônio não se dialoga, porque sempre se sai perdendo”.
Confessar os pecados ao sacerdote
O Bispo de San Sebastián recordou a importância de se confessar diante de um sacerdote, porque durante o sacramento, este atua ‘in persona Christi’, “mas também representa a Igreja e os meus irmãos, aos quais tenha ofendido e que também te perdoam”.
Para Dom José “a aplicação comunitária da absolvição” é algo para casos extremos. ( Leia mais sobre Confissão Sacramental )
Cumprir a penitência
Recordando São Francisco Xavier e também outros santos, Dom Munilla destacou a importância de que as penitências sejam um aprendizado e “sirvam para que o pecador seja consciente do processo de santificação que sua vida deve levar”. O Bispo incentivou os fiéis a viver a penitência “a partir do seu sentido medicinal, de cura”.
Ele incentivou também a que a confissão “seja um encontro transformador, de graça que nos faz homens novos” e recordou que, “para um sacerdote, este sacramento é exigente, mas compartilha com o coração de Cristo uma imensa alegria quando é testemunho de um novo nascimento”. (JSG)
Deixe seu comentário