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Na Irlanda, com as novas restrições, um sacerdote pode ir para a cadeia se celebrar missa presencial

Nenhuma entidade governamental apresentou evidências sobre o risco de contágio  em missas presenciais, celebradas com protocolos de biossegurança.

Missa pós corona

Redação (03/11/2020 13:40, Gaudium Press) De acordo com as novas restrições aprovadas pela Câmara Baixa da Irlanda, um sacerdote pode agora ser multado ou preso, ou ambos, se celebrar missa pública.

As reações não demoraram a chegar, qualificando as medidas de draconianas e desproporcionais. Sua constitucionalidade é questionada e alguns já apresentam demandas.

Uma dessas reações foi a do deputado Michael McNamara que disse: “Os sacerdotes cometerão um crime se abrirem as portas de suas igrejas para a missa. Sei que muitos sacerdotes não querem celebrar missa e não acham que seja apropriado. Essa é sua prerrogativa. Não sou um assistente de missa, mas sei que é importante, na comunidade que represento, as pessoas irem à missa, a uma igreja ou mesquita. O governo está negando isso a eles. O governo vai enviar policiais atrás dos sacerdotes que decidirem celebrar a missa? Se o governo está pensando nisso, eu tenho uma palavra a dizer: ‘Não’ ”.

O Ministro da saúde nega

O ministro da Saúde, Stephen Donnelly, negou que os sacerdotes estejam sujeitos a sanções criminais se celebrarem missas públicas, mas muitos dizem que, de acordo com as novas regras, sim. O artigo oito do novo regulamento, que se tornou lei em 22 de outubro, proíbe os serviços religiosos. A violação da proibição permite a imposição de sanções penais ao organizador de um evento proibido.

Além disso, a Constituição da Irlanda garante que “a liberdade de consciência, de profissão e prática da religião estão sujeitas à ordem pública e à moral, garantidas a todos os cidadãos”. Também reconhece a importância do culto público. Os críticos das novas disposições se perguntam como o culto público afeta a ordem pública e a moralidade no país.

 Também tem sido criticado que órgãos como o Ministério da Saúde não tenham apresentado nenhuma evidência do risco que representam para a saúde pública as missas assistidas e regulamentadas com protocolos sanitários. Apesar de recentemente Ronan Glynn, Diretor Chefe Médico Adjunto, ser convidado a apontar os riscos para a saúde das Missas celebradas com protocolos de biossegurança, ele não forneceu qualquer evidência.

Com informação de Iona Institute

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