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Na Eucaristia encontramos a força

A Sagrada Eucaristia: para um cego de espírito, não passa de um pedaço de pão, exposto em uma joia chamada ostensório; contudo, para um coração pervadido de fé, ali está o próprio Deus que, “escondido” por trás de um fino véu, ouve confidências, consola, aconselha, dá esperança, enche de paz e de serena alegria.

Eucaristia

Redação (02/06/2021 12:04, Gaudium Press) Os tempos atuais, atravessados por pandemia, dramas, incertezas, angústias e sobretudo por ofensas a Deus, bem merecem o alerta de S. João Paulo II: “A civilização da morte quer destruir a pureza do coração.” (Homilia de 12/6/1999).

Com efeito, S. João Paulo II usou o terrível título de “civilização da morte” para designar a humanidade de hoje, além de afirmar que: “Um dos seus métodos de agir é pôr intencionalmente em dúvida o valor da atitude do homem, que definimos como virtude da castidade”.

Essa é uma das razões pelas quais o homem de hoje busca a paz e não a encontra, pois condição essencial para isso é ser puro de corpo e de coração.

Foi em vista a obtenção dessa paz de alma que João Paulo II se empenhava em encorajar os fiéis:

“Não tenhais medo de viver contra as opiniões da moda e as propostas em contraste com a lei de Deus”.

 O Santo Padre exortava ao esforço, mas sabia quão árduo é andar nos caminhos do Senhor. Por isso aconselhava:

“Para vencer esta luta, o homem deve dirigir-se a Cristo. Só será capaz de vencer se estiver corroborado pela sua força, pela força da sua Cruz e da sua ressurreição. ‘Ó Deus, cria em mim um coração puro’ (Sl 51, 12), exclama o Salmista, consciente da debilidade humana, porque sabe que para ser justo perante Deus, só o esforço humano não é suficiente”.

Auxílio sobrenatural

Deus qui ponit pondus, supponit manum”, diz um provérbio. “Deus ampara com a mão aquele sobre quem coloca um peso”. Entre os inúmeros auxílios sobrenaturais que a Providência concede aos homens, um há que não poderia ser maior.

De fato, o Senhor vem, Ele mesmo, ao encontro do fiel para revigorá-lo, e lhe oferece o “Pão dos fortes”, a “fonte de vida”, a Sagrada Eucaristia, o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do próprio Homem-Deus.

Quem de nós não deseja ter um confidente a quem contar seus problemas e dificuldades, alegrias e anseios? Pois bem, isso acontece com a Eucaristia: Deus entra em nós, como alguém visita seu melhor amigo. Só que esse amigo com o qual conversamos é, nem mais nem menos, Nosso Senhor Jesus Cristo!

Realmente, custa imaginar algo superior…

E para realçar ainda mais a grandeza do dom feito assim à humanidade, quis Ele que fosse instituída a festa de Corpus Christi.

Essa celebração, já com mais de sete séculos de história, tem como finalidade agradecer a Jesus Eucarístico solenemente por ter querido ficar conosco até o fim dos séculos. Que intimidade maior, que graça maior há de poder recebê-Lo sob as espécies de pão e vinho.

Assim sendo, nunca deixemos de recorrer a esse alimento divino que tonifica e forma heróis da fé, quaisquer que sejam as circunstâncias.

O que se requer para receber a sagrada Comunhão?

Lembremos o que o catecismo da Igreja Católica diz:

 Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja Católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal.

Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. Nunca aconteça que Ele visite uma alma que não esteja devidamente preparada!

São também importante o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo.

Festejemos Corpus Christi, procurando sempre aumentar nossa devoção ao Santíssimo Sacramento que está todos os dias à nossa espera para ouvir-nos, ajudar-nos, amparar-nos e santificar-nos.

Texto extraído, com adaptações, da Revista Arautos do Evangelho n. 6, junho 2002.

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