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Muçulmanos que se convertem ao Cristianismo são perseguidos na Europa, aponta relatório

Um relatório do Centro Europeu para a Lei e a Justiça revela que muitos pessoas são perseguidas na Europa por abandonarem o islamismo e se converterem à fé cristã

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Redação (19/09/2022 10:30, Gaudium Press) O Centro Europeu para a Lei e Justiça (ECLJ) publicou um novo relatório que aborda a perseguição contra os muçulmanos que se convertem ao Cristianismo na Europa e, mais particularmente, na França.

Publicado com o título “A perseguição de cristãos ex-muçulmanos na França e na Europa”, veio a lume no último mês de julho.

O documento estima que até 30 mil pessoas podem sofrer algum tipo de perseguição, na França, por terem deixado o islamismo e abraçado a fé cristã.

Os números se baseiam nas estatísticas da Conferência Episcopal dos Bispos franceses que estima em 300 o número de ex-muçulmanos que são batizados anualmente na Igreja Católica.

Entrevistas com os convertidos

O relatório do ECLJ interrogou os responsáveis de associações francesas, belgas, austríacas e inglesas que se dedicam a cuidar de muçulmanos que abandonam o islã para aderir ao Cristianismo.

Para a realização do estudo, também foram feitas entrevistas com os novos convertidos. As entrevistas permitiram recolher o exemplo de centenas de casos e verificar a perseguição e a violação dos direitos fundamentais em relação aos novos convertidos.

É importante notar que nenhum dos entrevistados, com exceção dos responsáveis das associações, aceitou que sua identidade fosse revelada.

Diferentes tipos de perseguição

 “Não é porque estamos na França que estamos protegidos das perseguições, sejam elas físicas, mentais ou psicológicas”, essas palavras do pastor protestante, Saïd Oudjibou, parecem resumir os vários tipos de perseguição que sofrem os antigos muçulmanos na França e na Europa.

Com efeito, o relatório explica que muitas pessoas sofrem com o desprezo e, às vezes, são agredidas dentro das próprias famílias quando anunciam a conversão, podendo até ser expulsas de casa.

Para as mulheres a violência pode ser ainda pior. As mulheres podem ser forçadas a um casamento, serem violentadas ou enviadas para o país de origem da família.

Além da perseguição familiar, existe a perseguição social

Além da perseguição dentro do seio da própria família, os convertidos sofrem intimidações e ameaças nos círculos sociais.

Saqueio de bens, perda de emprego, linchamentos também são outros tipos de perseguição compilados pelo relatório. Existe a sanha de decretar “a morte social” do convertido.

A perseguição nas redes sociais é outro ponto forte do relatório. Nas entrevistas, muitos convertidos afirmam que preferem se manter afastados das redes sociais com medo de sofrerem censura por parte de muçulmanos radicais.

O Parlamento turco aprovou uma lei que exerce controle ainda maior das redes sociais, particularmente o Facebook e o Twuitter.

O isolamento dos convertidos e o aumento da perseguição na Europa

O estudo revela que se nem todos os convertidos sofrem com as perseguições mais violentas é porque podem se afastar da família e de seus círculos sociais mais facilmente que outros, como confessou uma mulher convertida: “Minha sorte é que eu sou sozinha”.

Apesar de apresentar um relatório mais detalhado sobre muçulmanos que se converteram na França, o relatório aponta que no resto da Europa a situação não é menos grave.

Além disso, o relatório adverte que muitas associações se preocupam em defender os cristãos perseguidos no Oriente e na África, porém poucas se dedicam a evitar a perseguição dos novos cristãos na Europa. (FM)

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