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Morre na França Irmã André, a pessoa mais velha do mundo

Nascida no dia 11 de fevereiro de 1904, faleceu, na madrugada do dia 17, a freira francesa Irmã André, considerada a pessoa mais velha do mundo, a menos de um mês de seu 119º aniversário.

Lucile

 Redação (18/01/2023 10:32, Gaudium Press) Figurando no Guinness Book como a mulher mais velha do mundo desde abril do ano passado, Lucile Randon, conhecida como Irmã André, morreu na terça-feira, 17, aos 118 anos. A religiosa passou os últimos tempos de sua vida em uma casa de repouso em Toulon, na região turística de Côte d’Azur, na França.

Irmã André nasceu em 11 de fevereiro de 1904, em Alès, no sul da França, e foi considerada pelos especialistas como a pessoa mais velha cujo registro civil podia ser verificado. O livro Guinness dos recordes mundiais conferiu essa classificação a ela em 25 de abril de 2022, após a morte, aos 119 anos, da japonesa Kane Tanaka.

 O trabalho que me faz viver

Lucile Randon na decada de 20Lucile Randon nasceu em uma família protestante não praticante e se converteu ao Catolicismo, aos 19 anos. Ainda jovem, trabalhou como governanta. Aos 25 anos foi trabalhar em um hospital onde cuidava de idosos e crianças órfãs. Entrou para a vida religiosa aos 40 anos, em 1944, quando vestiu o hábito das Filhas da Caridade e tomou o nome de Irmã André, em homenagem ao seu irmão falecido.

Em 2009, ela se mudou para uma casa de repouso em Toulon, onde continuou cuidando de outros religiosos aposentados. Quando ela completou 115 anos, o Papa Francisco lhe enviou uma carta pessoal e um rosário abençoado.

Em 16 de janeiro de 2021, Irmã André testou positivo para COVID-19 em um surto em sua casa de repouso, que teve 81 dos 88 moradores infectados com a doença. A freira não apresentou nenhum sintoma e, em 8 de fevereiro, poucos dias antes de seu aniversário de 117 anos, foi relatado que ela tinha conseguido se recuperar, tornando-se a pessoa mais velha confirmada a ter sido infectada e a sobreviver ao vírus

Irmã André, passou a última fase da sua vida cega e numa cadeira de rodas, e já não escondia um certo cansaço, dizendo que desejava morrer logo. Em fevereiro do ano passado ela reclamou: “Deus não me ouve, deve estar surdo!”

Embora sempre tenha sido simpática e atenciosa, se dizia ranzinza: “Não suporto mais os convidados. Sou menos amigável. Sempre me admiraram por minha sabedoria e inteligência, e agora zombam de mim porque sou teimosa”, desabafou, quando participou de uma investigação sobre supercentenários — idosos com mais de 110 anos, que intrigam a ciência.

 

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