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Moçambique será novo centro de operações do ISIS ?

Bispo de Pemba, Dom Luiz Lisboa é dos poucos que denunciou o que está acontecendo no norte de Moçambique.

Bispo de Pemba, Dom Luiz Lisboa é dos poucos que denunciou o que está acontecendo no norte de Moçambique.

 Redação (20/07/2020 17:29, Gaudium Press)  Depois de atacar a cidade, incendiar uma Igreja católica em Mocímboa da Praia (Moçambique) e colocar população em fuga,  terroristas islâmicos pretendem converter Moçambique em novo centro do ISIS.

Informações oriundas de Moçambique dão conta de que nos dias 27 e 28 de junho a cidade de Mocímboa da Praia, localizada em Cabo Delgado, Moçambique, no sudeste da África, foi atacada por grupos jihadistas que afirmaram pertencer ao Estado Islâmico (ISIS).

Os terroristas islâmicos queimaram completamente uma igreja católica, destruíram outros edifícios, como o colégio Januário Pedro, o Hospital Distrital Mocímboa da Praia, dezenas de casas, carros e lojas.
Milhares de habitantes da região tiveram que fugir.

No Parlamento Europeu deputados denunciam atos terroristas islâmicos

No dia 6 de julho o Comitê de Relações Exteriores do Parlamento Europeu convocou os chefes executivos da União Europeia, a Comissão Europeia e o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) para discutir o assunto em sua última sessão antes das férrias de verão.

Ermínia Notarangelo chefe de unidade para África do Sul e Oceano Índico do SEAE, confirmou que nesta tragédia humanitária havia mais de “mil assassinatos e 200 mil refugiados”, uma soma que chega a “mais de 500 mil pessoas” vitimadas.

Na reunião, Notarangelo alertou que “a África não pode se permitir ser mais uma região sob domínio terrorista”.

Em sintonia, o deputado espanhol Javier Nart, afirmou que “Moçambique não deve se converter em um novo Mali”.

A deputada portuguesa Isabel Santos, disse que a ameaça terrorista é “uma questão de poder e controle” devido ao valor estratégico e econômico da zona, já que Cabo Delgado é uma região rica em recursos naturais, especialmente gás natural.

O deputado português Paulo Rangel, disse que “a situação é extremamente preocupante”, pois Cabo Delgado enfrenta “uma ofensiva islamita radical oportunista” e destacou que a União Europeia deve intervir no problema para ajudar o governo de Moçambique.

“Tive a sorte de receber todas as informações através da Fundação ACN, que está em contato direto com a Igreja Católica local”, disse o deputado, lamentando que muitos políticos não tenham informações atualizadas sobre o que está acontecendo na região de Moçambique.

Bispo denuncia o avanço e massacres dos jihadistas

Um dos poucos que denunciou internacionalmente o que está acontecendo no norte do país foi o bispo de Pemba (capital de Cabo Delgado), Dom Luiz Lisboa.

No final de abril, o Prelado disse que é urgentemente necessária uma resposta adequada em nível internacional para interromper o avanço jihadista, uma vez que a onda de violência iniciada em outubro de 2017 piorou nos últimos meses.

O Bispo fez também um chamado aos principais organismos internacionais da América, Europa e África para que intervenham no problema.

“É importante que saibam o que está acontecendo e que os organismos internacionais, como as Nações Unidas, a União Europeia ou a União Africana, ajam.
Aqui as pessoas sofreram muito, houve centenas de mortos, milhares de pessoas que tiveram que deixar suas casas.
Em nossa província, temos mais de duzentos mil deslocados”, disse Dom Lisboa. (JSG)

 

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