Moçambique: Bispo de Pemba denuncia ataques jihadistas
Após ataques de jihadistas, Dom Luiz Fernando Lisboa diz ser vergonhosa a situação pela qual passa o país.
Pemba – Moçambique (Quarta-feira, 01-04-2020, Gaudium Press) Depois do mais recente ataque dos jihadistas islâmicos a sua diocese, Dom Luiz Fernando Lisboa, Bispo de Pemba, em Moçambique, afirmou ser vergonhosa a situação pela qual está passando o país.
Ataques jihadistas
Na província de Cabo Delgado um grupo de jihadistas armados atacou e ocupou a cidade de Mocímboa, no último dia 23 de março
Segundo testemunhas locais, os atacantes queimaram prédios, libertaram prisioneiros da prisão local e como demonstração de força policiaram ruas e ergueram suas bandeiras negras nos edifícios mais emblemáticos de Mocímboa.
A colocação de bandeiras negras nos edifícios causou caos na cidade e encheu de pânico a população, uma vez que a colocação das bandeiras negras identifica o grupo terrorista e seu desejo de permanecer na cidade.
A ação jihadista
Dom Luiz Fernando Lisboa, informou em suas declarações que os terroristas “entraram e saíram como queriam, não houve uma reação forte das forças de segurança, das forças de defesa. Muitos (militares) fugiram porque os atacantes eram em número maior, e então (os jihadistas) levaram armamento, comida, carros e roupas dos militares”.
Um “reforço das forças de defesa chegou só depois de eles (terrorista) se retiraram, disse o bispo que informou ainda que jihadistas deixaram uma mensagem afirmando que retornariam.
Moçambique: Medo generalizado
O Prelado destacou que a situação atual em Moçambique é “uma desgraça” e que infelizmente a população é humilhada e sente medo do aumento da violência no país.
Para Dom Fernando Lisboa, “Agora, as populações estão com medo. Se eles atacaram Mocímboa, que é a vila maior que existe naquela região, [as populações] de Palma, de Mueda, de Macomia, estão todas com medo. O pessoal está todo amedrontado. Já estavam antes, agora piorou”.
Ataques jihadistas e disposição da Igreja
O Bispo de Pemba indicou a disposição da Igreja ao afirmar que “o ataque desta semana veio agravar o sentimento de insegurança, no entanto, a Igreja católica vai continuar junto das populações, apesar do risco evidente de novos incidentes armados”. (JSG)
Deixe seu comentário