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Ministro da Saúde da Irlanda introduz lei que lista culto público como delito

A Irlanda é o país da Europa que mais implementou restrições ao culto. O primado da Irlanda, Arcebispo de Armagh, reage.

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Redação (19/04/2021 16:17, Gaudium Press) Irlanda, um povo no fundo ainda católico, que outrora era conhecida como “a ilha dos santos”, hoje vê, de forma sub-reptícia mas real, sua fé católica sendo atacada. É o país com as maiores restrições ao culto público em toda a Europa, supostamente motivadas pela epidemia de Covid. Endurecendo mais, agora o ministro da saúde qualificou como delito celebrar ou assistir a uma missa pública.

O presidente do episcopado irlandês e arcebispo de Armagh, Mons. Eamon Martin, se manifestou contra esse movimento do governo de criminalizar a assistência à missa, e adverte que é uma “possível violação da liberdade religiosa e dos direitos constitucionais”.

As igrejas estão fechadas, nesta última etapa, desde 26 de dezembro passado, por uma disposição administrativa. Entretanto, em 16 de abril, em uma ação mais própria de governos totalitários, o Ministro da Saúde Stephen Donnelly assinou uma lei – conhecida como instrumento estatutário – que converte o culto público em crime.

“As medidas específicas não são claras e, quando se lê pela primeira vez, parecem ser draconianas, indo além das restrições com as quais temos cooperado durante toda a pandemia até o momento”, disse o arcebispo. “Buscaremos assessoria jurídica para auxiliar em uma série de questões relacionadas ao instrumento estatutário.”

O prelado também afirmou que os bispos buscavam “uma reunião imediata” com o governo e solicitavam “a suspensão deste instrumento legal severo e pouco claro”.

“Consideramos a publicação deste instrumento legal, juntamente com as disposições penais associadas, como provocativa e constitui uma possível violação da liberdade religiosa e dos direitos constitucionais”, declarou o arcebispo Martin.

Não confiar nos políticos…

O arcebispo reclama que, apenas “dois dias atrás”, o primeiro-ministro irlandês lhes disse que “entendia a importância da fé e do culto para o povo da Irlanda”, mas, em seguida, “este instrumento legal foi introduzido clandestinamente e sem aviso prévio ou consulta”. “Consideramos isso um abuso de confiança.” A verdade é que, cada vez, há mais pessoas do povo fiel exigindo uma posição mais forte perante o Estado na defesa de seus direitos religiosos.

Atualmente, há um processo no Supremo Tribunal irlandês que impugna a proibição do culto público, que será abordado no próximo dia 27 de abril.

 

Com informações CNS

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