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Minimizam o caso Rupnik?

Na livraria São Paulo da Via della Conciliazione, encontram-se livros do sacerdote esloveno com temas como “exame de consciência”, “discernimento” ou “iniciação à vida espiritual”.

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Redação (14/03/2023 10:08, Gaudium Press) “A dois passos” do Vaticano, continuam sendo vendidas as obras do Padre Marko Rupnik, jesuíta acusado de ter abusado de 20 religiosas e ex-religiosas da Comunidade de Loyola, na Eslovênia.

It.dayfr.com informa que, na “grande livraria São Paulo, a maior da Via della Conciliazione que conduz à Basílica de São Pedro, onde sacerdotes, turistas, estudantes de teologia, bispos e cardeais vêm todos os dias para procurar livros sobre espiritualidade ou patrística, podem ser encontrados livros do questionado sacerdote esloveno com temas como “exame de consciência”, “discernimento” ou “iniciação à vida espiritual”.

Como se sabe, o Pe. Rupnik foi considerado culpado do crime de absolvição de um cúmplice no pecado do sexto mandamento, o que acarretou uma declaração de excomunhão por parte do Dicastério da Doutrina da Fé, sendo levantada pouco depois por “arrependimento” do sacerdote. Mas são muitos os que se questionam como é que um sacerdote que continua a ser investigado pela sua própria comunidade, resultado de novas denúncias, que aparentemente incluem também um possível abuso de um homem, pode continuar a ser promovido nas livrarias católicas como mestre de vida espiritual .

“Eles não se dão conta”, afirma um jesuíta romano que também ficou chocado ao ver os livros do padre Rupnik em exibição, referindo-se à maneira como alguns no Vaticano têm relativizado o escândalo que envolve o sacerdote. Inclusive, nas entrevistas feitas com o Papa Francisco devido aos seus 10 anos de pontificado, nunca se questionou sobre o caso do jesuíta Rupnik.

Segundo uma reportagem do Il Seismografo, “a excomunhão do sacerdote foi rapidamente suspensa pelo Papa. Por que os entrevistadores se calaram sobre o assunto em suas conversas com o Pontífice? Entre tantas perguntas, não havia nenhuma sobre o caso do jesuíta Rupnik?”

“Houve um acordo?”, Il Sismografo pergunta na manchete.

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