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Mensagem da morte…

Estando ainda na semana em que lembramos a memória de nossos queridos entes que não se encontram mais entre nós, pedi a esta personagem conhecida e temida por todos para que nos dissesse algumas palavras.

morte

Redação (04/11/2020 10:15, Gaudium Press) Sei que o tema não agrada. Poucos, muito poucos gostam de pensar a meu respeito, porém peço-te que me dês um momento de atenção. Não vás seguindo adiante e passando para outro artigo. Dá-me uma oportunidade! Deixa-me fazer a minha defesa…

Sou, como sabes, consequência do pecado de Adão. Foi por causa da culpa original que entrei no mundo. Desde a morte de Abel, acompanho a vida dos homens, e todos deverão passar por mim.

Rogo-te que continues a ler o que escrevo, só um pouco mais. Sei que tenho um aspecto terrível, mas, se comecei a existir como um castigo para a humanidade, posso também ser instrumento de santificação. Estás surpreso?

Então para e reflete: se todos os homens pensassem com frequência na minha presença ao lado de cada um, como a história da humanidade seria diferente!

Realmente, se todos os clérigos, se todos os governantes, se todos os políticos, se todos os pais, se todos os filhos, se todos os mestres, se todos os alunos, se todos os patrões, se todos os empregados, enfim, se todos os homens, desde os mais altamente colocados até os mais humildes, antes de fazerem qualquer coisa, considerassem que aquele ato poderá ser o último da sua vida, agiriam melhor, com sabedoria, pois teriam sempre diante de si a perspectiva de poderem estar, dentro em pouco, diante do Supremo Juiz.

Deixa-me lembrar-te outra grande verdade: não há prova maior de amor ao próximo — diz a Escritura (Jo 15,13) — do que dar a vida por ele. Deus ama com amor infinito cada um dos homens, individualmente. De fato, para demonstrar esse amor, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade quis encarnar-se e morrer por ti numa cruz.

Dessa forma, quis Ele também passar por mim, para manifestar de modo concreto quanto é imenso esse amor que Ele dedica a cada um.

Maria Santíssima quis também imitar o seu Divino Filho. Confesso-te que, quando chegou a hora d’Ela, tremi. Como poderia eu envolver com minha sombra Aquela que é a mais excelsa, a mais nobre, a mais elevada de todas as meras criaturas? Ela, imaculada e sem mancha alguma de pecado, não necessitava passar pela morte.

No entanto, Ela o quis e obteve de Deus permissão para tal. Cá entre nós, faço-te uma confidência: fui para Ela de uma suavidade suavíssima, a tal ponto que sua morte é chamada pela Santa Igreja de “dormição”. Ela mais adormeceu do que morreu.

Permite-me terminar estas linhas com um conselho: pensa com frequência em mim, mas sempre com muita calma, tranquilidade e confiança em Deus. Se fizeres isso, quando chegar a tua hora, estarás preparado para bem morrer, protegido por Nosso Senhor, Maria e São José. Eu te entregarei ao teu Anjo da Guarda, que te encaminhará a São Miguel Arcanjo, e este, por sua vez, entregar-te-á nas mãos da Mãe de Deus. E Ela mesma te apresentará a Jesus, Nosso Senhor.

Por toda a eternidade bendirás a hora em que resolveste seguir meu conselho!

Texto extraído, com adaptações, da Revista Arautos do Evangelho novembro 2002.

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