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Maio é dedicado ao Coração de Maria, junho ao Coração de Jesus: Por que?

Para que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus produza frutos mais abundantes, os fiéis devem unir a ela a devoção ao Coração Imaculado da Mãe de Deus.

Para que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus produza frutos mais abundantes, os fiéis devem unir a ela a devoção ao Coração Imaculado da Mãe de Deus.

Redação (01/06/2021, 17:45,  Gaudium Press) O mês de maio é todo dedicado pela Igreja a Nossa Senhora e ele acaba de chegar a seu final.

Como boa conselheira que é, a Igreja recomenda aos fiéis que o mês seguinte –o mês de junho– seja dedicado ao Sagrado Coração de Jesus com a intenção de que os fiéis venerem, honrem e imitem mais intensamente este Coração Misericordioso.

Certamente existe um motivo superior para que o mês de maio seja consagrado a Nossa Senhora e junho ao Sagrado Coração de Jesus.

Falemos da devoção do mês de junho e descubramos alguma relação entre os dois Corações.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus existiu desde os primeiros tempos da Igreja, quando se meditava sobre o lado e o Coração aberto de Jesus de onde jorrou sangue e água.
Foi deste Coração que nasceu a Igreja e por ele se abriram as portas do céu.

Veneramos nesta devoção o próprio Coração de Deus.

A devoção ao Coração de Jesus pedida a Santa Margarida Maria Alacoque

No século XVII estabeleceu-se definitiva e especificamente a Devoção ao Sagrado Coração de Jesus, solicitada pelo próprio Jesus Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque.

Conta a história que, em 16 de junho de 1675, o Filho de Deus apareceu a Santa Margarida Maria Alacoque e lhe mostrou Seu Coração que estava envolto em chamas, coroado de espinhos, com uma ferida aberta, da qual brotava sangue, e de seu interior nascia uma cruz.

A Santa ouviu o Senhor dizer:
“Eis aqui o Coração que tanto amou os homens e, em troca, recebe da maioria dos homens só ingratidão, irreverência e desprezo, neste sacramento de amor”.

Nosso Senhor mesmo nos diz em que consiste a devoção: amor e reparação. Amor pelo muito que Ele nos ama; Reparação e desagravo pelas muitas injurias que recebe, sobretudo na Sagrada Eucaristia.

A Devoção ao Coração de Jesus combate os males de uma época

A mensagem que Jesus deixou para a religiosa francesa, a primeira das aparições aconteceu em 27 de dezembro de 1673, é uma visão de Deus que contrasta com a tendência do século em que estourou o jansenismo:

“Meu Coração divino está tão apaixonado de amor pelos homens, e por ti em particular, que ao não poder conter em si as chamas de sua ardente caridade, há que transmiti-las com todos os meios”, disse-lhe Cristo nesta ocasião segundo ela escreveu depois.

Como combater os males de nossa época

A Divina Providência, para combater os males de uma época, suscita não só pessoas ou instituições. Ela faz também por meio de formas de piedade, moções espirituais e desejos de perfeição novos.

Nos últimos séculos o mal cresceu de modo alarmante afastando os indivíduos e as sociedades de Deus. Mas junto com ele cresceu também o culto ao Sagrado Coração de Jesus.
Foi esta a devoção a que mais se difundiu na Igreja e que maior estímulo recebeu do Magistério Pontifício.

Duas citações sobre o Coração de Jesus e os males da época

Ao escrever o prefácio das Constituições que escrevera em 1891 para as Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Jesus, o padre Jules Chevalier  anotou:
“A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi revelada pelo próprio Senhor e recomendada pela Igreja como um remédio eficaz contra os males do mundo de hoje.”

O Papa Leão XIII compara esta devoção com o emblema da Santa Cruz que dera a vitória ao Imperador Romano e marcara o começo do triunfo do cristianismo sobre o paganismo: “In hoc signo vinces” fora a promessa feita aos cristãos de então.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é hoje o estandarte da vitória e triunfo do Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria

Os devotos do Sagrado Coração de Jesus são sempre devotos muito convictos da Santíssima Virgem; e, reciprocamente.

E não podia ser de outro modo: Se Maria Santíssima é medianeira de todas as graças, toda devoção passa pelas mãos dela.
E, por outro lado, sendo Ela o caminho mais perfeito para nos levar a Jesus, toda verdadeira devoção a Ela conduzirá ao Sagrado Coração.

Dois Corações, uma só devoção

Santa Margarida Maria Alacoque compreendeu esta verdade de um modo tão perfeito que considerava as duas devoções como uma só.

A Santa tinha o hábito de rezar esta jaculatória: “Divino Coração de Jesus eu Vos adoro e Vos amo do modo como viveis no Coração de Maria e Vos peço que vivais e reineis em todos os corações”.

O confessor da Santa, São Cláudio de la Colombière, indica o mesmo caminho: “Resolvi não pedir nada a Deus em oração que não fosse por meio de Maria”.

Outros grandes devotos do Sagrado Coração – como Santa Brígida, São Francisco de Sales e São João Eudes – referiam-se ao Coração de Jesus e de Maria, no singular.
Assim, eles salientavam a perfeita união de sentimentos e disposições entre a Mãe e o Filho.

Os Missionários do Sagrado Coração e as Filhas de Nossa Senhora do Sagrado Coração têm um belo lema:
“Per Mariam ad Cor Iesu” (Por Maria ao Coração de Jesus) como fórmula própria dos seus institutos.

É, certamente, por isso mesmo o Papa Pio XII exorta:
“A fim de que a devoção ao Sagrado Coração de Jesus produza frutos mais abundantes na família cristã e ainda em toda a humanidade, procurem os fiéis unir a ela a devoção ao Coração Imaculado da Mãe de Deus.”  (JSG)

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