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Líder do “Priests for Life” pede a Francisco que o deixe continuar seu ministério

Em um comunicado do Núncio Pierre, os bispos norte-americanos se inteiraram que o P. Frank Pavone havia sido demitido do estado clerical.

Fr Frank Pavone 11

Redação (20/12/2022 09:50, Gaudium Press) Causou uma grande repercussão a notícia da redução ao estado leigo do presbítero muito conhecido em todo o mundo, Padre Frank Pavone, diretor nacional nos EUA da organização Priests for Life (Sacerdotes pela vida) e Rachel’s Vineyard (ministério de cura pós-aborto).

A notícia chegou às manchetes quando a CNA, no último sábado, anunciou ter obtido uma carta do Núncio nos Estados Unidos, Dom Christophe Pierre, dirigida aos bispos daquele país, informando que o Pe. Pavone havia sido demitido do estado clerical por “comunicações blasfemas nas redes sociais” e “desobediência persistente às instruções legais de seu bispo diocesano”. A carta do Núncio Pierre afirmava que a decisão de reduzir o Pe. Pavone à condição de leigo havia sido tomada pelo Dicastério para o Clero em 9 de novembro, e que “não havia possibilidade de recurso”. A CNA ressaltou que o comunicado do Núncio Pierre “não especificava as ações que teriam levado à demissão de Pavone nem nomeava o bispo que ele havia desobedecido”.

Em uma declaração separada que acompanhava a Carta dirigida aos bispos americanos, Dom Pierre também afirmava que “o Padre Pavone teve ampla oportunidade de se defender durante os processos canônicos, e que também haviam sido dado a ele várias oportunidades de se submeter à autoridade de seu bispo diocesano”. “Determinou-se  que o Padre Pavone não tinha justificativa razoável para suas ações.”

Em uma mensagem por e-mail endereçada à CNA no mesmo sábado, Pavone afirmava que não estava ciente da ação do Vaticano e se perguntava “como a CNA soube disso antes de mim?”, acrescentando em um outro e-mail que a informação da CNA foi “o primeiro aviso que recebi sobre isso.”

Em uma publicação feita no site Priests for Life, datada de 18 de dezembro passado, o ex-padre Pavone insiste que não recebeu comunicação direta da autoridade eclesiástica sobre a medida adotada contra ele, algo que “é apenas informação de segunda mão que eu ouço dizer que o Vaticano me dispensou do sacerdócio”.

Ele afirma que em sua primeira diocese, Nova York, o Cardeal O’Connor havia concordado com o seu pedido de trabalhar em tempo integral para salvar os nascituros do aborto. E que, em 2005, a Congregação para o Clero concedeu um pedido de excardinação da Arquidiocese de Nova York à Diocese de Amarillo, e que posteriormente “a mesma Congregação decidiu a meu favor contra as tentativas inválidas do Bispo Zurek de restringir meu ministério, dizendo-lhe, pelo contrário, de ‘ser generoso’, deixando-me fazer este trabalho”.

Pavone então esclareceu que, em “2019, o Vaticano novamente declarou inválidas várias punições e restrições impostas a mim pelo bispo Zurek e autorizou minha transferência para a diocese de Colorado Springs, onde o bispo Michael Sheridan estava disposto a me receber e permitir que eu continuasse com este ministério pró-vida. Mas por motivos que nunca me foram explicados, eles indicaram ao bispo para que ele não me deixasse fazer o trabalho em tempo integral”.

Nesse mesmo comunicado, Pavone afirma que “o meu pedido continua o mesmo: permitam-me servir a Igreja com um ministério de tempo integral a favor dos nascituros”.

Depois de afirmar que alguns bispos atacaram o seu ministério pró-vida, enquanto outros o apoiaram, Pavone manifesta ao Papa Francisco, que o “encorajou pessoalmente no meu trabalho”, que quer “continuar servindo como um sacerdote fiel e um líder pró-vida de tempo integral”. E pede a Francisco que o permita sê-lo “sob um bispo solidário”.

Padre Frank Pavone 11

Foto: Rádio Ave Maria

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