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Lei australiana contra o sacramento da confissão

Entrou em vigor, na Austrália, uma lei que já havia sido analisada como ineficaz para conseguir verdadeira justiça para as vítimas de abuso sexual.

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Redação (15/11/2022 09:41, Gaudium Press) A relação justiça-Igreja australiana não tem sido fácil nos últimos anos. Na memória coletiva permanece ainda a imagem do Cardeal Pell, atrás das grades, injustamente encarcerado por uma acusação que não se sustentaria em nenhum tribunal sério, mas que só foi rejeitada após vários recursos e muitas lutas. O cardeal ainda está pagando os honorários de seus advogados.

Agora, como a espada de Dâmocles que paira sobre o segredo da confissão, surge uma legislação que entrou em vigor na Austrália Ocidental, em 1º de novembro, no sentido de que é obrigatório transmitir todas as informações sobre abuso sexual infantil, inclusive as coletadas sob o segredo de confissão.

Vários especialistas já se manifestaram sobre a ineficácia da medida, já que nenhum penitente correrá tal risco a menos que já esteja disposto a confessar perante a justiça civil, e o que vai se conseguir é uma deterioração da confiança dos católicos em relação à confissão.

O sacerdote que recebe informações, mesmo no confessionário, e não faz boletim de ocorrência, estaria cometendo um crime, podendo ser multado em 3.800 euros.

“Os pecados não são confessados ​​ao sacerdote, mas a Deus”, disse o arcebispo de Perth, Timothy Costelloe, na época da discussão da lei. “O sacerdote, portanto, não tem o direito nem a autoridade de revelar qualquer coisa que ocorra neste encontro íntimo com Deus… Tornar ilegal a livre prática de um aspecto essencial da fé católica me parece ser algo que as sociedades seculares modernas sempre entenderam que está além dos limites de sua autoridade”, assegurou o prelado.

Com informações ReligiónEnLibertad.

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