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“Ladrões de Igrejas” tentam vender Basílica de Santo Antônio, em Istambul

A Basílica pertenceu à Família Real Italiana, está sob os cuidados dos Franciscanos Conventuais e foi reconstruída em estilo neogótico veneziano entre 1906 e 1912.

A Basílica pertenceu à Família Real Italiana, está sob os cuidados dos Franciscanos Conventuais e foi reconstruída em estilo neogótico veneziano entre 1906 e 1912.

Redação (24/02/2021, 13:10, Gaudium Press) A Basílica Católica de Santo Antônio de Pádua, de Istambul, até há pouco corria o risco de ser vendida no mercado imobiliário. 

Nesses últimos dias, Sebahattin Gök, o homem que no ano passado, em conjunto com uma rede de cúmplices, planejou uma operação fraudulenta, bastante complexa, para obter a posse ilegal da maior Igreja Católica de Istambul e vendê-la pelo lance mais alto que encontrasse, acaba de ser preso e está respondendo por um processo penal.  

A Basílica de Santo Antônio de Pádua, está localizada no centro da avenida Istiklal Caddesi, uma das mais famosas de Istambul. 

As investigações sobre o caso confirmaram que a “gangue” de Gök e seus comparsas eram especializados em fraudes imobiliárias cometidas contra a Igreja e comunidades religiosas. 

A Basílica Católica de Santo Antônio de Pádua, de Istambul pertencia à família real italiana

A primeira igreja construída na área atualmente ocupada pela Basílica foi erguida já em 1725 pela comunidade italiana em Istambul. De acordo com a prática da época, a propriedade da igreja pertencia a membros de a família real italiana.

A atual Basílica encontra-se sob a guarda e os cuidados dos frades Franciscanos Conventuais e foi reconstruída em estilo neogótico veneziano entre 1906 e 1912.

Em janeiro de 1971, a Santa Sé e os herdeiros da família real renunciaram aos direitos de propriedade, em benefício da Associação Sent Antuan Kilisesi (Igreja de Santo Antônio) que responde à comunidade católica local.

O plano de um roubo tão espetacular quanto irreverente  

Nos últimos anos, o golpista internacional fez várias viagens à Itália, França e Estados Unidos, coletando procurações assinadas por pessoas que ele apresentou como herdeiros legítimos dos antigos proprietários da Basílica.

Com estas cartas, e depois de ter também recolhido duvidosos “certificados de herança” perante um tribunal civil de paz, o embusteiro turco apresentou-se ao distrito cadastral local, reivindicando o direito de tomar posse do local de culto em nome dos legítimos proprietários.

Franciscanos apelam à justiça turca

No ano passado, os Franciscanos Conventuais responsáveis ​​pela Basílica apelaram à justiça turca, obtendo uma medida cautelar destinada a proteger o local de culto e as dependências dele.

No decorrer da investigação, foi descoberto que a mesma rede de cúmplices ligada à Gangue de Gök havia realizado uma tentativa semelhante de tomar posse ilegal da Igreja búlgara de Galata e também de outros locais de culto religioso erguidos por comunidades de armênios, franceses, Italianos e hebreus.

A prisão de Gök já serviu para levantar a polêmica questão das numerosas igrejas e propriedades eclesiásticas espalhadas pelo território turco cujos títulos de propriedade danificadas ao longo dos séculos, acabaram de maneira fraudulenta nas mãos de particulares ou, mais recentemente, sendo adquiridas pelo Departamento do Tesouro turco. (JSG)

(Da Redação Gaudium Press, com informações e foto Agencia Fides)

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