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Justiça e Misericórdia de Deus: conheça a concepção correta

Assim é o critério humano: Agiu bem? Merece prêmio e estima. Agiu mal? Merece castigo e repulsa.

Assim é o critério humano: Agiu bem? Merece prêmio e estima. Agiu mal? Merece castigo e repulsa.

Redação (Terça-feira, 31-03-2020, Gaudium Press) Os homens costumam julgar as atitudes alheias, em geral, com o seguinte critério: Agiu bem? Merece prêmio e estima. Agiu mal? Merece castigo e repulsa.

Visão deformada da Justiça e Misericórdia de Deus

Tal mentalidade, além de conspurcar a pureza de intenção das boas obras, levando a pessoa a fazer o bem pelo simples interesse de receber uma recompensa, cria na alma condições favoráveis ao desenvolvimento de toda sorte de vícios, semeados pelo amor-próprio ferido, tais como a vingança, o ressentimento e o rancor.

No relacionamento com Deus, em consequência, muitos se baseiam na mesma concepção e O imaginam como um intransigente legislador, a quem a menor infração encoleriza e faz desfechar sobre o faltoso, de imediato, o merecido castigo.

Ainda de acordo com esse critério, a benevolência divina apenas incide, em forma de bênçãos, consolações e demais favores sobrenaturais, sobre aqueles que, tendo cumprido de modo exímio os Mandamentos, merecem ser recompensados.

No “fiat!” de Maria Santíssima, a Justiça e a Misericórdia se fazem carne

Ora, essa visão da perfeição infinita de Deus é muito deformada, pois Lhe atribui uma justiça conforme os limitados critérios humanos e ignora sua misericórdia. E tal atributo é n’Ele tão vigoroso que chega a vencer a própria justiça.

Uma prova da insuperável força de sua compaixão são as palavras dirigidas aos nossos primeiros pais, logo após o pecado original: antes de sentenciar os sofrimentos aos quais a natureza humana estaria sujeita na terra de exílio, Ele lhes prometeu a vinda de um Salvador, nascido da descendência de Adão (cf. Gn 3, 15).

Mal o homem havia pecado, o Senhor garantiu-lhe o perdão. Por isso, poderíamos parafrasear a afirmação de São João e dizer que, no “fiat!” de Maria Santíssima, o perdão de Deus se fez carne e habitou entre nós (cf. Jo 1, 14). Mas, pode-se dizer também que, nesse “fiat”, a Justiça e a Misericórdia se fizeram carne.

Misericórdia que gera Atração e Indignação

Durante sua vida mortal, Jesus manifestou com largueza o desejo de salvar, acolhendo com indulgência os pecadores arrependidos que a Ele acorriam, confiantes de ali encontrar o perdão. Entretanto, a mesma misericórdia que tanto atraía uns, despertava acirrada indignação em outros…

Por Monsenhor João Clá Dias, EP
(in “Revista Arautos do Evangelho” – excertos com adaptações)

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