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Juiz considera inconstitucional o fechamento das igrejas ou criminalização do culto público por causa da pandemia

O fechamento forçado das igrejas viola a constituição escocesa.

960px St Marys Metropolitan Cathedral Edinburgh

Redação (26/03/2021 09:27, Gaudium Press) Um grupo de 27 líderes da igreja escocesa, de várias denominações, entrou com uma ação judicial, argumentando que ministros do governo agiram mal ao ordenar o fechamento de locais de culto.

O juiz Lord Braid declarou que o governo escocês não pode impor aos cristãos que aceitem uma forma “light” de culto a Deus (pela internet) durante a pandemia.

Ele afirmou que os regulamentos impostos à população devido ao coronavírus eram ilegais, pois infringia desproporcionalmente a liberdade de religião garantida na Convenção Europeia dos Direitos Humanos (EHRC).

“É impossível medir o efeito dessas restrições àqueles que possuem crenças religiosas. O fato de que as regulamentações são apoiadas por sanções criminais também é uma consideração relevante”, declarou Lord Braid.

E acrescentou: “Tudo o que eu decidi é que os regulamentos que são contestados nesta petição foram mais longe do que legalmente poderiam”.

As igrejas devem ser autorizadas a abrir na sexta-feira sob orientação do governo escocês.

O Reverendo Dr. William Philip, ministro sênior da Igreja Tron em Glasgow, um dos responsáveis pela ação judicial, comemorou a decisão: “Por mais bem intencionado que seja, criminalizar o culto público tem sido prejudicial e perigoso para a Escócia, e nunca mais deve acontecer”.

O sacerdote católico que participou da ação, cônego Tom White, da Igreja de São Afonso, em Glasgow, disse: “Graças a Deus por esta notícia maravilhosa! Estou muito feliz em saber que o tribunal entendeu a necessidade essencial de proteger não apenas a saúde física e material de nossa sociedade, mas também suas necessidades espirituais e, portanto, derrubou a proibição desproporcional, desnecessária e agora considerada ilegal do culto público.

“Essa decisão destaca a importância do papel da Igreja na nossa sociedade. Agora, podemos confiar em que nossas comunidades frágeis e sofredoras nunca mais ficarão sem a Igreja, que é fonte de esperança, conforto e nutrição espiritual vital em tempos de crise.”

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