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Jovens profanam e destroem Crucifixo na Itália e reação foi desconcertante

Um Crucifixo destruído, pedidos de desculpas pouco convincentes, foge-se de dizer aos profanadores a profundidade do mal que praticaram: alguém precisa dizer.

Um Crucifixo destruído, pedidos de desculpas pouco convincentes, foge-se de dizer aos profanadores a profundidade do mal que praticaram: alguém precisa dizer.

 

Redação (21/08/2020, 16:30 Gaudium Press) Um ato de profanação e destruição de objeto sagrado aconteceu na última sexta-feira, 14/08, na Itália, em Lizzano, em Belvedere.
Seis jovens com idades entre 16 e 19 anos passaram a noite promovendo um ato de vandalismo blasfemo: destruíram uma a imagem de Jesus Crucificado que ficava na estrada entre Vidiciatico e Monte Pizzo. Para praticar a destruição usaram um taco de beisebol e 46 segundos da cena de destruição foi gravada pelos próprios autores do ato.

Cena de profanação filmada e comentada

Quando a câmera do celular começa a filmar já está escuro e o Crucifixo já está decapitado.

Um dos rapazes tem a cabeça de Cristo decapitada em sua mão, ele a levanta e logo a atira no chão. Fora da tela a voz embriagada do jovem que usa o telefone diz uma sucessão de frases desconexas, xingamentos, palavrões, blasfêmias. Um outro jovem aparece chutando a imagem que está quase totalmente separada da cruz. Ouve-semais risadas, muitas risadas porque Jesus parece uma bandeira voando.

Novamente batem com o taco de beisebol até que o corpo do crucificado caia completamente e seja jogado fora. No centro da cena permanece a Cruz, vazia.

A polícia de Vergato identificou facilmente os jovens. Por enquanto, apenas um deles se desculpou. Esse jovem, a conselho dos pais, enviou na manhã seguinte uma carta com um pedido de desculpas ao pároco de Vidiciatico, padre Giacomo Stagni.

Um Crucifixo destruído, pedidos de desculpas pouco convincentes, foge-se de dizer aos profanadores a profundidade do mal que praticaram: alguém precisa dizer.

Carta de pedido de desculpas

“Não consigo encontrar palavras para expressar a humilhação que sinto, quero dizer-lhes que não é um gesto de ódio ou violência, muito menos para com o Senhor, mas sim uma grande estupidez de ter bebido com um grupo de amigos que eu não via há muito tempo e perdendo o controle da razão, aceitei um desafio estúpido de XXX.”

“Não tenho palavras suficientes para me desculpar pelo meu gesto, não quero minha família envolvida, eu cuidarei pessoalmente das despesas.” “Peço que me avisem o custo e como conseguir tudo, ou como recuperar a imagem e levá-la para que tudo seja consertado às minhas custas.”

Respostas e comentários depois da carta

Depois dessa carta sugiram os inevitáveis comentários, inclusive do Padre a quem ela foi enviada.
O Padre Stagni disse a “Il Timone”: “gostaria que estes jovens não fossem criminalizados: infelizmente a nossa Montanha não oferece nada aos nossos jovens e nós próprios, adultos, não oferecemos mais nada, a não ser ir a bares e consumir drogas”.

Ele disse que o jovem mostrou que tinha uma consciência que só foi escurecida no momento da sacrílega ressaca, mas pela manhã se recuperou. E que essa era uma boa base para construir.
A autocrítica do padre parece mais dirigida ao mundo dos adultos do que a mostrar aos jovens a raiz do seu erro.

O que chama atenção na carta do jovem: um arrependimento horizontal

Mas o que chama a atenção na carta do jovem é a demonstração de seu arrependimento totalmente horizontal: é bom pedir desculpas ao pároco, mas por que não alargar o olhar e pedir desculpas também ao verdadeiro dono daquele crucifixo?

O significado dos reparos não é apenas devolver o dano sofrido, e o jovem entendeu bem esse conceito, contudo, ele precisa também pagar o dano em termos espirituais ao Senhor que foi fortemente blasfemado em uma noite de verão.

O arrependimento perfeito requer um ato público de reparação do sagrado

O rapaz deu um primeiro passo para um arrependimento que, no entanto, para realmente dar frutos, deve incluir também um ato público de reparação.
Em primeiro lugar, deve-se chamar as coisas pelo nome: esconder atrás da “façanha”, a desculpa do bêbado, a justificativa do vandalismo ao lado e a escassez de recursos que os Apeninos oferecem aos jovens, é uma forma de evitar ver as coisas de frente. É deixar de dizer àqueles jovens que não só vandalizaram uma imagem, mas profanaram algo sagrado.

Basta estar em paz com a consciência?

Não é suficiente estar em paz com a sua consciência. Você deve chamar o mal de mal. E aqui o mal é que o Cristianismo é cada vez mais visado, mas esconde-se tudo, anestesia-se tudo por trás da “façanha” impensada.
Alguém precisa dizer isso aos jovens. E isso não será feito por sociólogos ateus.  (JSG)

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