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Jesuítas e sacerdote diocesano são acusados de violência sexual, na Espanha

Dois jesuítas e um sacerdote diocese foram acusados de cometerem abuso sexual contra uma mulher. Enquanto as investigação canônicas e civil acontecem, os superiores canônicos dos acusados tomaram medidas cautelares

batina sobrepeliz

Redação (06/07/2023 09:30, Gaudium Press) Uma mulher acusou dois sacerdotes jesuítas e um sacerdote diocesano de abuso sexual, na ilha espanhola de Maiorca.

Uma mulher acusou um sacerdote e dois jesuítas de cometer abuso sexual contra ela. Segundo a vítima, eles teriam se aproveitado de sua incapacidade psicológica.

A suposta vítima, que atualmente tem 50 anos de idade, explicou que os abusos começaram quando ela ainda era menor de idade, em 1985, e duraram até 2021.

As circunstâncias dos fatos

O primeiro a incorrer no crime teria sido um membro da Companhia de Jesus que vivia em Montesión. A mulher, que era abusada pelo próprio pai, teria compartilhado o drama familiar com o sacerdote que, em vez de ajudá-la, aproveitou a situação de vulnerabilidade para também cometer violência sexual contra a jovem.

Passados alguns anos, o jesuíta foi enviado ao continente e seu sucessor teria procedido da mesma maneira, cometendo abuso sexual contra a mulher, que já era maior de idade na época.

A acusante declara que também sofreu abuso sexual por parte de um sacerdote conhecido da família, que teria se aproveitado de sua vulnerabilidade psicológica para cometer assédio e violência sexual.

Vulnerabilidade psicológica da vítima

Devido aos abusos cometidos no círculo familiar, a mulher desenvolveu um transtorno de personalidade limítrofe, também conhecido como transtorno borderline, caracterizado por uma hipersensibilidade nas relações interpessoais.

Com esse problema, a mulher foi diagnosticada com 68% de incapacidade psíquica e declarada inválida para qualquer atividade profissional.

A mulher passou por uma terapia de três anos e, após o tratamento, revelou os abusos sofridos aos terapeutas e finalmente pôde denunciar os fatos à justiça espanhola.

Medidas cautelares contra os acusados

Após tomar conhecimento das acusações, tanto o Bispo de Maiorca quanto a Companhia de Jesus na Espanha tomaram algumas medidas preventivas em relação aos clérigos envolvidos no caso.

Dom Sebastià Taltavull, Bispo de Maiorca, explicou que uma investigação canônica começou assim que ele teve conhecimento dos fatos, e que a Congregação para a Doutrina da Fé foi imediatamente informada. As informações também foram transmitidas aos superiores dos religiosos acusados.

Dom Taltavull decretou como medidas cautelares que o sacerdote diocesano fica proibido de exercer qualquer cargo pastoral, fica proibido de exercer publicamente seu ministério, deverá seguir um tratamento psicológico e receber “uma séria direção espiritual”. (FM)

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