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Israel promete tolerância zero contra ataques a peregrinos depois que judeus ortodoxos cuspiram em cristãos

O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu tolerância zero contra os ataques cometidos contra os peregrinos cristãos em Jerusalém

israel flag bandeira

Image by Eduardo Castro from Pixabay

Redação (04/10/2023 14:20, Gaudium Press) O Primeiro Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu tolerância zero contra os ataques cometidos contra os peregrinos cristãos em Jerusalém. Em seu comunicado, feito na terça-feira, 3 de outubro, Netanyahu disse: “Eu condeno veementemente qualquer tentativa de intimidação contra os fiéis e tomaremos medidas urgentes contra tais ações”.

O Primeiro Ministro continuou sua mensagem afirmando que “A conduta depreciativa para com os fiéis é um sacrilégio e é simplesmente inaceitável. Qualquer forma de hostilidade contra indivíduos envolvidos no culto não será tolerada”.

Judeus ultra-ordoxos cospem na passagem de um grupo de peregrinos

Embora não mencione nenhum caso preciso, a declaração de Netanyahu foi feita após a difusão de um vídeo nas redes sociais no qual judeus ultraortodoxos cospem em um grupo de cristãos. Os cristãos carregavam uma cruz e faziam a Via-Sacra na cidade antiga de Jerusalém quando encontraram no caminho um grupo de Haredim que celebravam a festa de Sucot. O vídeo mostra um adulto e vários meninos ultraortodoxos cuspindo na passagem dos cristãos peregrinos.

No passado mês, o Patriarca Latino de Jerusalém, Arcebispo Pierbattista Pizzaballa (feito Cardeal recentemente), denunciou um aumento exponencial de ataques e assédio contra os peregrinos católicos. Segundo o Cardeal Pizzaballa, movimentos ortodoxos e rabinos incitam comportamentos hostis contra os cristãos. De fato, após a difusão do vídeo, o ex-porta-voz do parlamento nacional de Israel, Elisha Yered, afirmou que cuspir em sacerdotes e em igrejas é uma antiga tradição judaica e justificou sua afirmação recordando as hostilidades históricas entre a Igreja Católica e os judeus.

Controvérsia sobre o incidente filmado

Em consequência, várias autoridades políticas e religiosas de Israel condenaram as declarações de Yered, tais como Benjamin Netanyahu, o Ministro dos Serviços Religiosos, Ministro do Turismo, o Rabino David Lau, entre outros. O Ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, tuitou: “este comportamento não representa os valores do judaísmo”.

O periódico Israel Hayom relata que um alto funcionário de Israel declarou: “Se os papéis fossem invertidos e os cristãos cuspissem nos judeus em qualquer lugar do mundo, ficaríamos indignados com razão. Tal comportamento não deveria ser tolerado aqui.”

A polícia israelita prende suspeitos do ataque

Nesta quarta-feira, 4 de outubro, a polícia de Israel informou que cinco pessoas foram presas acusadas de cuspirem nos cristãos. Segundo os policiais, um dos suspeitos aparece no vídeo mencionado anteriormente. Os outros quatro suspeitos, dos quais um menor de idade, teriam praticado o mesmo ato em outra ocasião.

As prisões foram feitas depois que o chefe da polícia de Jerusalém, Doron Turgeman, criou um esquadrão especial para investigar atos de ódio e incidentes contra os cristãos na Cidade Velha, geralmente com policiais à paisana.

Polêmica sobre a atitude da polícia e a “tradição” de cuspir em sacerdotes e igrejas

A mídia hebraica notou que o ato de cuspir não constitui agressão; ao contrário, o superintendente da polícia de Jerusalém, Assaf Harel, disse que “cuspir em alguém é certamente considerado agressão” e explicou que os ataques contra os cristãos aumentaram nos últimos seis meses.

O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, condenou a atitude dos judeus ortodoxos, mas considera que o caso não justifica a prisão. O Parlamentar Rothman compartilha a mesma opinião e considera que a polícia agiu com exagero. Segundo relatou “The Times of Israel,” a Rádio do Exército (de Israel) recolheu o relato de vários ouvintes que consideram normal e tradicional o fato de cuspir em cristãos ou igrejas (FM).

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