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Israel: disparos contra a escola e o convento das Irmãs Franciscanas de Nazaré

A comunidade cristã israelense pede ao governo que garanta a segurança dos locais de ensino.

Cidade de Nazaré, Israel. Foto: Wikipedia

Cidade de Nazaré, Israel. Foto: Wikipedia

Redação (20/03/2023 11:37, Gaudium Press) O Convento das Irmãs de Nazaré em Israel foi fundado pelas religiosas provenientes da França no século XIX, e está localizado próximo à Igreja da Anunciação. Junto ao convento, as religiosas fundaram também uma escola, uma igreja e uma hospedaria para peregrinos cristãos.

Na última quinta-feira, 16 de março, duas pessoas em motocicletas dispararam contra a escola e o convento das Irmãs Franciscanas de Nazaré. Nenhum aluno estava presente naquele momento e as irmãs estavam rezando em sua capela. Foram os transeuntes que deram o alerta e chamaram a polícia, diz Dom Rafiq Nahara, vigário patriarcal latino em Israel.

Após o ataque, Dom Nahara escreveu aos Ministérios da Educação, do Interior e das Relações Exteriores de Israel para exigir “uma investigação rápida” e medidas para garantir que tal evento não aconteça novamente. “Vemos este acontecimento com severidade, porque os conventos e as escolas cristãs sempre estiveram fora do círculo vicioso da violência que assola a sociedade árabe. É um milagre que não tenha havido vítimas neste incidente e que uma grande catástrofe tenha sido evitada”.

Para os cristãos em Israel, tal ato é uma surpresa, contudo, faz parte de um clima de violência latente na sociedade árabe-israelense, especialmente há quatro anos, reconhece Dom Nahara: “Nas cidades árabes, há muitos tiroteios, às vezes contra pessoas, extorsão de dinheiro ou empréstimos usurários que podem levar à violência física”.

O ataque à escola das Irmãs Franciscanas de Nazaré ocorre em um momento em que a política educacional do governo israelense está prejudicando as estruturas administradas pelas Igrejas, em particular as do Patriarcado latino. Os subsídios do governo diminuíram drasticamente e hoje representam apenas um terço dos concedidos aos estabelecimentos públicos, afirma o vigário. “Provavelmente, o Estado de Israel gostaria que todas as escolas fossem públicas e, portanto, sustenta menos as escolas particulares sobre as quais tem menos controle”.

Com informações Vatican News

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