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Índia: antigos funcionários do governo pedem proteção para os cristãos

Uma carta aberta assinada por antigos funcionários do governo da Índia foi encaminhada ao primeiro-ministro, Narendra Modi, pedindo que ele tome as medidas necessárias para cessar o aumento de violência contra os cristãos no país

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Redação (07/03/2023 09:10, Gaudium Press) Assinada por 93 ex-funcionários do governo, uma carta dirigida a Narendra Modi pede que os cristãos sejam tratados com equidade perante à lei e à administração pública.

Os antigos funcionários explicam que independentemente de filiações políticas e partidárias, eles partilham o compromisso de respeitar a Constituição indiana e por isso se manifestam contra a injustiça feita aos cristãos.

Entre os signatários encontram-se personalidades importantes como o ex-governador de Delhi, Najeeb Jung, e o antigo ministro das relações internacionais, Sujatha Singh.

O texto da carta é explícito e faz menção a fatos conhecidos, tal como o falecimento do sacerdote jesuíta Stan Swamy, que morreu após um longo período de detenção. Ou ainda, a designação de pessoas “que vomitam ódio contra os cristãos” para cargos judiciários.

Mesmo se os cristãos são minoria na Índia (2,3%), o documento relembra que a “Constituição declara expressamente que todos os cidadãos, independentemente da religião, são iguais e têm direitos iguais”.

Além disso, a carta explica o papel primordial que tiveram e têm as instituições cristãs na construção do país, especialmente em três áreas: na educação, na saúde e nas questões sociais junto à população mais carente.

O documento afirma que o principal argumento contra os cristãos são “as conversões forçadas”, e a simples acusação permite que eles sejam atacados “verbal, física e psicologicamente”, denuncia a carta.

Os signatários colocam em dúvida a autenticidade das acusações sobre as conversões forçadas. Eles argumentam que se as conversões acontecem o número de cristãos deveria aumentar no país, contudo a porcentagem de cristãos permanece estável desde 1951.

O texto deplora os numerosos atos de violência que acontecem contra os cristãos e contra as intuições de confissão cristã e recorda que a Igreja Católica está presente na Índia desde os primeiros séculos d.C., “muito antes de sua introdução em muitos países que hoje são predominantemente cristãos”.

A carta pede que a violência acabe imediatamente e cobra uma atitude dos líderes políticos e principalmente do primeiro-ministro, Shri Narendra Modi. (FM)

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