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Imagem medieval de Cristo crucificado é levada para abrigo antiaéreo na Ucrânia

A última vez que se retirou a imagem de Cristo di Leopoli da Catedral Armênia de Lviv foi durante a Segunda Guerra Mundial.

Imagem medieval de Cristo crucificado e levada para abrigo antiaereo na Ucrania 1

Ucrânia – Lviv (10/03/2022 09:53, Gaudium Press) Uma imagem em tamanho real de Nosso Senhor Jesus Cristo crucificado, o ‘Cristo di Leopoli’, que remonta a Idade Média, foi retirada da Catedral Armênia de Lviv, Ucrânia, embalada e levada para um abrigo antiaéreo para sua proteção.

O ato foi registrado pelo fotógrafo português André Luis Alves e divulgado nas redes sociais por Tim Le Berre, especialista em conservação de bens durante conflitos armados para o exército francês.

A decisão, tomada pelas autoridades locais, para proteger o patrimônio arquitetônico e artístico da cidade em caso de ataque das forças russas, se tornou um fato histórico, pois a última vez em que se retirou essa imagem de Cristo Crucificado da Catedral ucraniana foi durante a Segunda Guerra Mundial.

Cristo di Leopoli

A imagem do Cristo di Leopoli é um dos símbolos da Igreja Armênia e de toda a cidade de Lviv, sendo ainda um dos tesouros preservados no interior da catedral, fundada no século XIV. “Todos os objetos históricos devem ser protegidos, assim como as pessoas. E agora Cristo está num lugar seguro”, celebrou o Padre Jakub da Catedral Armênia.

Segundo Lilia Onyschenko, diretora do departamento de proteção do patrimônio histórico de Lviv, a imagem foi embalada com chapas ignífugas, lã de vidro, um alumínio especial e depois colocada em sacos. Dessa forma, caso a imagem receba uma forte onda de choque, ela não se quebrará em mil pedaços.

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Catedral armênia de Lviv

Construída no ano de 1363, a catedral armênia de Lviv possui uma história que transpassa incêndios, guerras e outras situações de tensão. Ela permanece vacante desde 1938, tendo servido aos católicos armênios do século XVII até o fim da Segunda Guerra Mundial.

Em meados da década de 1940, o pároco Dionizy Kajetanowicz e alguns religiosos foram presos e deportados para a Sibéria onde acabaram sendo mortos por se recusarem a renunciar à sua Fé. A catedral permaneceu fechada durante muitos anos e usada como armazém, sendo reaberta em 18 de maio de 2003. Em seu interior são conservados afrescos e outras obras de arte únicas. (EPC)

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