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Igrejas da Inglaterra iniciam reabertura ainda em junho

 Cardeal Nichols pergunta: por que as salas de exposição de carros podem reabrir antes das igrejas?

Cardeal pergunta: por que as salas de exposição de carros podem reabrir antes das igrejas? 

Redação (10/06/2020 11:18, Gaudium Press) Depois de quase três meses fechadas por causa da pandemia que espalhou a covid-19, as Igrejas na Inglaterra terão novamente suas portas abertas para a oração pessoal a partir do próximo 15 de junho.

Mas, anunciaram as autoridades eclesiásticas, a “abertura” não é total. As igrejas apenas poderão ser abertas para orações pessoais. As Missas públicas permanecerão suspensas até que o governo registre um risco mínimo de propagação do coronavírus.

Contudo, em 7 de junho último, o Cardeal Vincent Nichols, presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e do País de Gales, agradeceu as autoridades inglesas por permitirem esse primeiro passo da Igreja em direção à retomada das Missas públicas.

Para o presidente da Conferência, esse passo inicial é necessário para a total reabertura das igrejas e que ele será “bem recebido por muitos, que esperam com grande paciência desde 23 de março”.
“Agradeço a todos por essa paciência. É importante que todas as precauções sejam tomadas para garantir que as normas dadas para essa abertura limitada sejam totalmente atendidas, especialmente por aqueles que entram em nossas igrejas”, declarou o Purpurado.

Abertura das Igrejas: bênção para as pessoas, benefícios para a sociedade

O Cardeal Nichols disse também que “é uma grande bênção, para as pessoas e para o benefício de todos na sociedade, que as portas da Igreja estejam novamente abertas para todos aqueles que desejam rezar”.

Segundo o Purpurado inglês, “Este primeiro passo nos permite aprender e nos preparar para o pleno uso de nossas igrejas, para a celebração da Missa e outros sacramentos. Esperamos por esse momento com profundo desejo, mas com uma compreensão paciente de que proteger a saúde de nossa sociedade, especialmente os mais vulneráveis ​​”, é uma prioridade.

Cardeal pergunta: por que as salas de exposição de carros podem reabrir antes das igrejas?

Aspecto doloroso da quarentena: ver portas de igrejas fechadas e bloqueadas

O Bispo de Shrewsbury, Dom Mark Davies, juntou-se ao Cardeal Nichols no agradecimento à decisão do governo.

Em uma declaração datada de 8 de junho, Dom Davies afirma que “está satisfeito com o fato de o Governo ter reconhecido a oração e o culto como uma prioridade”, que são fundamentais “para o bem comum e para a reconstrução da sociedade” após a quarentena.

“Cada igreja –destacou Dom Davies– se erige como um convite para rezar e foi um dos aspectos mais dolorosos da quarentena nacional, ver as portas das igrejas fechadas e bloqueadas, enquanto as pessoas procuravam lugares de oração e a presença de Cristo no Santíssimo Sacramento”.

Reações às restrições impostas pelo Governo

Durante a crise do coronavírus, o Governo apenas permitia que as igrejas organizassem funerais, sob condições estritas, e que as liturgias fossem transmitidas online. Não estava liberada realização de batizados ou casamentos.

Em declarações públicas, o Cardeal Nichols pressionou o Governo para que definisse uma data para a reabertura das igrejas.

Em uma entrevista de rádio, em 14 de maio, o cardeal pediu “um pouco mais de sensibilidade do Governo” para as necessidades dos católicos.
Em sua homilia no domingo de Pentecostes, em 31 de maio, o Purpurado perguntou por que as salas de exposição de carros podiam reabrir antes das igrejas.

O Arcebispo de Southwark, Dom John Wilson; o Bispo de Plymouth, Dom Mark O’Toole; e o Bispo de Portsmouth, Dom Philip Egan também fizeram declarações públicas nas quais questionavam o governo a propósito da reabertura das igrejas.

Também católicos leigos levantaram suas vozes para pedir a reabertura das igrejas.
Um vídeo de leigos católicos pedindo a reabertura das igrejas teve milhares de visualizações desde que foi publicado em 22 de abril. (JSG)

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