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Igreja sofre a tentação de voltar atrás, segundo Papa

Em sua última viagem, durante uma reunião de perguntas e respostas com os jesuítas da Eslovênia, o Papa abordou o “medo da liberdade” como uma tentação atual da Igreja.

Jesus nos abriu o Céu e nos projetou para uma relação com Deus: a Santa Humanidade de Jesus é o caminho pelo qual o Espírito Santo nos ensina a orar a Deus nosso Pai.

Roma (terça-feira 21/09/2021 13:15, Gaudium Press) – Em uma conversa sem pauta determinada com alguns jesuítas eslovacos, na sua última viagem, o Papa Francisco respondeu a várias perguntas e teceu diversas considerações, recentemente publicadas por La Civiltà Cattolica.

Um jesuíta que viveu durante o regime comunista afirmou que percebe que muitos querem voltar ou buscar certezas no passado e perguntou ao Pontífice qual a visão da Igreja para seguir.

A Igreja e a ideologia do retrocesso

O Papa então afirmou que hoje a Igreja sofre a tentação de voltar atrás: “Sofremos isso na Igreja: a ideologia do retrocesso. É uma ideologia que coloniza as mentes”.

Francisco explicou que não se trata de um problema universal, mas é uma deficiência na Igreja de alguns países. E recordou um pensamento que havia expressado  no encontro ecumênico anteriormente sobre o medo que a liberdade nos causa.

Francisco condena ato de terrorismo em Camarões e reza por crianças “barbaramente assassinados” e suas famílias.

O Medo da Liberdade

“Em um mundo tão condicionado pela dependência e virtualidade, ficamos com medo de sermos livres” e assim se explica nosso desejo de voltar ao passado em busca de certezas.

O Papa prosseguiu enumerando uma série de atitudes que podem causar medo: celebrar diante do povo que pode dizer a verdade na face, perseverar nas experiências pastorais, acompanhar a diversidade sexual das pessoas.

“Temos medo das interseções dos caminhos das quais falou Paulo VI. Este é o mal do momento. Buscar o caminho na rigidez e no clericalismo, que são duas perversões”

Devemos avançar com discernimento e obediência

O Pontífice conclui que nossa época é propícia para “levar adiante a liberdade do Evangelho” e aconselhou que os jesuítas presentes levassem essa lição para as respectivas comunidades e Províncias.

Contudo o Papa conclui que suas palavras não são um incentivo à imprudência: “(o que digo) não é um elogio à imprudência, mas faço notar que voltar atrás não é o caminho certo. Mas sim, avançar com discernimento e obediência” (FM)

Com informações de La Civiltà Cattolica.

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