Governo peruano proíbe abertura de igrejas para celebrações da Semana Santa
“É uma decisão que não conseguimos compreender porque viola o direito fundamental de exercer adequadamente a liberdade religiosa e de culto”, lamentou o Arcebispo de Piura e Tumbes.
Peru – Lima (31/03/2021 16:57, Gaudium Press) O governo peruano publicou um decreto no qual proíbe a abertura de igrejas para as celebrações da Semana Santa, mesmo após os templos se comprometerem a seguir um rigoroso processo aprovado pelo Ministério de Saúde.
O documento causou indignação nos católicos do país, pois durante esse período, que vai da quinta-feira santa, 1º de abril, até o domingo de Páscoa, 4 de abril, o funcionamento de lojas, supermercados, farmácias e restaurantes foi liberado, com capacidade reduzida em algumas regiões.
Decisão viola o direito fundamental de exercer a liberdade religiosa e de culto
Segundo o Arcebispo de Piura e Tumbes, Dom José Antonio Eguren, esta decisão do governo peruano é “dolorosa para todos nós, porque somos um povo profundamente crente e católico, com fome da presença eucarística de Deus nas nossas vidas. É uma decisão que não conseguimos compreender porque viola o direito fundamental de exercer adequadamente a liberdade religiosa e de culto”.
Para o prelado, por trás desta decisão há “uma visão ideológica laicista e equivocada do ser humano que subestima a dimensão espiritual da pessoa, como se ela não existisse, fosse irreal, ou não tivesse importância para 90% da população peruana, que se confessa crente”.
Apoio da Igreja em campanhas de oxigenação, medicamentos e alimentos para combater a Covid-19
Dom Eguren recordou todo apoio intenso da Igreja nas inúmeras campanhas de oxigenação, medicamentos e alimentos para combater a Covid-19 durante um ano. “Além disso, através da implementação rigorosa de seus protocolos de biossegurança, higiene e distanciamento físico em seus templos, não foi ocasião de contágios”.
O Arcebispo considera “um excesso proibir a nível nacional as celebrações litúrgicas dentro dos templos onde os protocolos sanitários que a Igreja Católica estabeleceu com o Ministério de Saúde são cumpridos rigorosamente, aplicados com responsabilidade em um ambiente controlado, com distanciamento e sem muita movimentação”. (EPC)
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