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Governo comunista chinês: espionagem e denúncia dever de todos

O objetivo é criar canais na internet por meio dos quais a população possa denunciar ações suspeitas contra o governo comunista.

Foto: Ling Tang/ Unsplash

Foto: Ling Tang/ Unsplash

Redação (02/08/2023 11:12, Gaudium Press) Pequim convida “todos os membros da sociedade” a participar de atividades de contraespionagem, através de uma conta que o governo criou no Wechat, o maior aplicativo de mensagens da China.

Serão criadas plataformas online para que os indivíduos possam denunciar ações suspeitas ou elogiar aqueles que trabalham para a “pátria”, tornando “normal” a participação da população nas operações de defesa do Estado.

No primeiro post divulgado na conta oficial do WeChat, online desde ontem, o ministério faz um apelo a toda a população para que as atividades de espionagem e controle passem a ser tarefa de todos, de acordo com uma lei sobre o tema recentemente aprovada e em vigor desde o mês passado. A lei, que proíbe a transferência de informações relacionadas à segurança nacional e outros interesses não especificados, gerou preocupação nos Estados Unidos porque não exclui punição para empresas estrangeiras ativas no território mesmo para “atividades comerciais normais”. Com efeito, o governo chinês tem detido e interrogado funcionários de empresas americanas no país.

As autoridades têm, portanto, liberdade para conduzir investigações antiespionagem, podendo acessar dados, equipamentos eletrônicos e informações relativas a bens pessoais. Afinal, o governo criou uma narrativa de que estão sob uma séria ameaça “de forças estrangeiras hostis”, e que a questão da segurança é prioridade absoluta para “salvaguardar a liderança e a posição governamental do Partido Comunista Chinês e do sistema socialista com características chinesas”, segundo o ministro de Segurança do Estado, Chen Yixin.

Nos últimos anos, a polícia prendeu e deteve dezenas de cidadãos locais e estrangeiros por suspeita de espionagem, incluindo um executivo da farmacêutica japonesa Astellas Pharma em março.

Nos últimos dias, os EUA têm acusado a China de espionagem e ataques cibernéticos, e a China replicou, classificando os EUA como um “império de hackers”.

Enquanto isso, o presidente Xi Jinping, ao discursar, na véspera do 96º aniversário da formação do Exército chinês (ELP), pediu uma “aceleração” do caminho de “modernização” das Forças Armadas. Ademais, Pequim tem ostentado seu poder militar, intensificando manobras e exercícios, e fortalecido suas relações militares com a Rússia.

Com informações asianews

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