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Francisco inicia primeira Viagem Apostólica de um Papa ao Iraque

Papa Francisco concretiza um fato histórico: pela primeira um Pontífice Romano realiza uma Viagem Apostólica ao Iraque.

 Francisco concretiza um fato histórico: pela primeira vez um Papa realiza uma Visita Apostólica ao Iraque.

Redação (05/03/2021, 11:00, Gaudium Press) Nesta sexta-feira, 05 de março, o Papa Francisco inicia a concretização de um fato histórico: pela primeira vez um Pontífice Romano visita o Iraque.

A visita será ocasião para uma série de encontros com os responsáveis políticos do país e a minoria católica, e a oportunidade de Francisco visitar –já no primeiro dia de viagem– a mesma igreja onde 48 pessoas morreram num atentado terrorista, em 2010.

O primeiro Papa a visitar o Iraque chega a Bagdá e é recebido por autoridades do governo  

Depois de um voo de quase 3 mil quilómetros, o Papa chega ao aeroporto internacional de Bagdá no início da tarde sendo recebido pelo primeiro-ministro iraquiano, Mustafa Abdellatif Mshatat e duas crianças que levarão ao Pontífice ramalhetes de flores.

Em seguida, em uma viatura blindada, Francisco dirige-se para o Palácio Presidencial, onde será acolhido pelo chefe de Estado Iraquiano, Barham Ahmed Salih Qassim, para um encontro privado.

O primeiro discurso do Papa em terras do Iraque deve acontecer pelo meio da tarde para um grupo de cerca de 150 pessoas que estarão reunidas no grande salão do palácio.

Do grupo de ouvintes participarão autoridades políticas e religiosas, membros do corpo diplomático, empresários, representantes da sociedade civil e do mundo da cultura.

Papa visita Catedral que sofreu dois atentados terroristas e onde morreram 48 fiéis

A programação do primeiro dia do Papa em Bagdá continua e conclui-se uma hora depois, na Catedral siro-católica de Sayidat al-Nejat (Nossa Senhora da Salvação), uma das maiores igrejas da capital iraquiana.

Esta igreja já foi alvo de dois ataques realizados por terroristas. Um dos ataques –realizado durante a celebração de uma Missa– foi em 31 de outubro de 2010 e teve como protagonistas membros fanáticos da Al-Qaeda. Na ocasião morreram 48 pessoas e outras cerca de 70 ficaram feridas.

A Catedral de Nossa Senhora da Salvação tem hoje um memorial dedicado às vítimas desse atentado. Os dois sacerdotes assassinados pela violência islâmica foram sepultados na cripta da igreja.

Além das autoridades religiosas, poucas pessoas estarão na Catedral por causa da pandemia do coronavírus

Francisco será recebido na Catedral pelo Patriarca da Antioquia dos Sírios, Inácio Younan, e o responsável pela arquieparquia (arquidiocese, na Igreja Oriental), Dom Ephrem Yousif Abba. Também receberão o Papa 12 pessoas com deficiência.

No interior do Templo deverão estar presentes cerca de 100 pessoas entre elas os membros da Assembleia dos Bispos Católicos do Iraque que reúne os responsáveis da Igreja de rito caldeu, siro-católico, arménio-católico, melquita e latino e que presidida pelo cardeal Louis Raphaël I Sako, patriarca de Babilónia dos Caldeus e ainda bispos, sacerdotes, religiosas, seminaristas e catequistas.

Sem dúvida, um número limitado de pessoas por causa da pandemia da Covid-19.

O primeiro dia do Papa Francisco no Iraque encerra-se com o jantar, em privado, na Nunciatura Apostólica na capital iraquiana.

Outras etapas da viagem

A viagem de Francisco prolonga-se até segunda-feira, 08 de março, tendo como lema ‘Sois todos irmãos’, tirado de uma passagem do Evangelho de São Mateus.

Nestes dias, o Papa visitará Bagdá, Najaf, Ur (terra natal de Abraão), Erbil (capital do Curdistão iraquiano), Mossul e Qaraqosh.

Papa Francisco concretiza um fato histórico: pela primeira um Pontífice Romano realiza uma Viagem Apostólica ao Iraque.

O logotipo da viagem do Papa ao Iraque

O logotipo oficial mostra Francisco num gesto de saudação ao país, representado no mapa e com os seus símbolos: a palmeira e os rios Tigre e Eufrates – além de uma pomba branca, símbolo de paz, voando sobre as bandeiras da Santa Sé e da República do Iraque; o lema da visita é apresentado em árabe, curdo e caldeu.  (JSG)

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