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Francisco: “A salvação não é automática, requer conversão”

No Angelus de domingo, o Pontífice meditou sobre a salvação que requer nossa conversão, no curto espaço de tempo de nossas vidas.

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Redação (25/01/2021 12:52, Gaudium Press) No Angelus de ontem, o Papa fez uma reflexão sobre o texto evangélico de São Marcos: “O tempo já se completou e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho!”

“Jesus não usava meias palavras”, declarou o Pontífice; verdadeiramente “é uma mensagem que nos convida a refletir sobre dois temas essenciais: o tempo e a conversão”.

Sobre o tempo e a conversão

O tempo é principalmente aquele em que a salvação da humanidade foi operada com a Encarnação do Verbo. Mas também é o nosso tempo, ou seja, a nossa vida que é o espaço dado por Deus para que essa salvação se aplique a cada um de nós.

Nossa “salvação não é automática”, assinalou Francisco.

“A salvação é um dom de amor, e como tal oferecido à liberdade humana. Sempre que se fala de amor, fala-se de liberdade, um amor sem liberdade não é amor, pode ser interesse, medo, tantas coisas, mas o amor é sempre livre” e, sendo livre, afirmou, “requer uma resposta livre: requer a conversão”. Para o Papa a conversão significa “mudar de mentalidade e mudar de vida: não mais seguir os modelos do mundo, mas o de Deus, que é Jesus”. O Pontífice explica ainda que “é uma mudança decisiva de visão e de atitude”, pois o pecado, em concreto “o do mundanismo”, trouxe ao mundo uma mentalidade “que leva à afirmação de si mesmo contra os outros, e até mesmo contra Deus”.

Necessitamos de Deus, de sua graça

O pecado, e particularmente a inoculação em nossas almas do espírito do mundo, “se opõe à mensagem de Jesus, que nos convida a reconhecer a nós mesmos necessitados de Deus e de sua graça; manter uma atitude equilibrada em relação aos bens terrenos; a sermos acolhedores e humilde para com todos; a conhecer e a nos realizar através do encontro e do serviço aos outros”, expressou Francisco.

Para nós, o tempo em que podemos acolher a Redenção é breve, pois “é a duração de nossa vida neste mundo”. Pode parecer longa, mas pode ser curta. O Papa se lembrou quando foi dar um sacramento a um idoso doente: “Naquele momento, antes de receber a Eucaristia da Unção dos enfermos, ele me disse: minha vida passou, pensei que fosse eterno, mas minha vida voou. É assim que nós, anciãos, nos sentimos, que a vida se vai e voa”, diz o Papa.

O Pontífice convidou “a estarmos atentos” e “não deixar Jesus passar sem recebê-lo”, pois como dizia Santo Agostinho: “Tenho medo de Deus quando passa, medo de não reconhecê-lo e de não acolhê-lo”.

Convidou também a pedir à Virgem Maria “que nos ajude a viver cada dia, cada momento como um tempo de salvação no qual o Senhor passa e nos chama a segui-lo. E que ajude a nos converter da mentalidade do mundo à do amor e do serviço.”

Com informações Vatican News

 

 

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