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França proíbe celebrações religiosas a partir de 2 de novembro

França: Ministro do Interior anuncia suspensão de celebrações religiosas públicas a partir de 2 de novembro.

França: Ministro do Interior anuncia suspensão de celebrações religiosas públicas a partir de 2 de novembro.

Paris – França (29/10/2020, 12:00, Gaudium Press) O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, anunciou, durante uma videoconferência com representantes religiosos de igrejas na França –realizada já no final da tarde da quarta-feira, 28 de outubro– que as celebrações religiosas não poderiam mais ser realizadas a partir de 2 de novembro, informou o jornal Le Figaro.

As medidas a serem tomadas pelo governo deverão ser idênticas às adotadas durante o primeiro confinamento que aconteceu na primavera passada por causa da pandemia do coronavírus. As providências já anunciadas dão conta de que os locais de culto poderão estar abertos para orações pessoais, mas as celebrações deverão ser realizadas a portas fechadas.

Detalhes sobre a realização de casamentos e funerais ainda não foram esclarecidos pelo governo, contudo, está marcada para esta quinta-feira, 29 de outubro, uma entrevista coletiva quando estes pontos deverão ser tratados e esclarecidos. Presume-se que as restrições a serem decretadas contemplem em particular o número de pessoas autorizadas a participarem dessas cerimônias.

Cemitérios estarão abertos, Missas do dia de Todos os Santos serão mantidas

Como já foi anunciado pelo presidente Emmanuel Macron em seu discurso na televisão, os cemitérios permanecerão abertos no Dia de Todos os Santos para “homenagear nossos mortos” e as celebrações religiosas poderão ser realizadas normalmente.

Por sua parte, o ministro do interior, Gérald Darmanin anunciou aos representantes das religiões em sua videoconferência da quarta-feira que a suspensão das celebrações públicas só aconteceria depois deste fim de semana, portanto não acontecerão antes de segunda-feira, 2 de novembro.

Conferência dos Bispos pede que franceses possam participar de celebrações públicas em memória dos mortos

Em uma carta dirigida ao Presidente da República na terça-feira, 27 de outubro, o presidente da Conferência dos Bispos da França, Dom Éric de Moulins-Beaufort, pediu ao Chefe de Estado que autorizasse os franceses a irem aos cemitérios para participarem de uma celebração religiosa em memória de seus falecidos.

Enquanto esse pedido foi ouvido pelo executivo, bem como também a solicitação da continuidade das atividades das capelanias nos hospitais e presídios, não foi o que aconteceu com o pedido de manutenção do culto público.

Na sua carta ao Presidente da República, o Arcebispo de Reims destacou o quanto ficou provado por ocasião do desconfinamento, “a verdadeira disciplina de todos os católicos no respeito de todas as instruções”.

A liberdade de culto tem primazia entre as liberdades fundamentais: o Governo está julgando de outra forma

Jérôme Triomphe, advogado de um dos requerentes que obteve, no dia 18 de maio, o levantamento da proibição de culto pelo Conselho de Estado disse a revista “Famille Chrétienne” que “existem Remédios legais previstos”.

“Se houver uma proibição de culto como a conhecemos, atacaremos”, disse o advogado: “Já fui procurado para isso”. O “Conselho de Estado”, continuou Jérôme Triomphe, “recordou de forma extremamente solene nesta portaria de 18 de maio que a liberdade de culto tem uma primazia particular sobre as demais liberdades fundamentais”. Contudo, o governo, por enquanto, julgou de outra forma. (JSG)

 

(Com informações e foto “Famille Chrétienne”)

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