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Fiéis deixam a Igreja Católica em massa na Alemanha

A Conferência Episcopal Alemã (DBK) anunciou na última quarta-feira (28) o número alarmante de meio milhão de pessoas que deixaram a Igreja Católica em 2022

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Redação (29/06/2023 12:45, Gaudium Press) Segundo dados fornecidos pela Conferência Episcopal Alemã, o número de pessoas que deixaram a Igreja Católica em 2022 superou meio milhão. Ao todo, 522.821 pessoas abandonaram a Igreja Católica na Alemanha. Em 2021, o número foi de 359.338 pessoas que deixaram a fé católica.

Diante da publicação dos dados, Dom Georg Bätzing, Bispo de Limburg, disse que os números são alarmantes e que não se deve ignorar o aumento de pessoas que abandonam a Igreja. “Devemos continuar a agir de maneira coerente e as pessoas precisam saber que estamos ao lado delas, estamos aqui por elas”, comentou o Bispo de Limburg, que é igualmente presidente da Conferência Episcopal da Alemanha.

As pessoas perderam a confiança na Igreja

Mesmo assim, Dom Bätzing incentivou as paróquias e as instituições católicas a não desanimarem: “Continuem engajados e permitam que as pessoas que vocês encontram diariamente descubram a fonte de sua dedicação, alegria e esperança”.

Na diocese de Limburg, ao todo foram 14.951 pessoas que deixaram a Igreja, 3.265 a mais do que em 2021. “Muitas pessoas perderam a confiança na Igreja e os laços com ela”, explicou a diocese.

Para a presidente do Comitê Central dos Católicos Alemães, Irme Stetter-Karp, os números revelam uma triste realidade, mas infelizmente não é algo surpreendente: “A Igreja perdeu a confiança de seus fiéis, sobretudo por causa do escândalo dos abusos sexuais”, conforme explicou ela.

Crise na Igreja da Alemanha

De fato, uma pesquisa universitária de 2018 revelou que 3.667 crianças foram abusadas sexualmente por membros do clero entre 1946 e 2014, na Alemanha. Recentemente, o Arcebispo de Colônia, Rainer Maria Woelki, foi condenado a pagar uma indenização de 300 mil euros, pois um sacerdote cometeu repetidos atos de violência sexual contra uma vítima nos anos 70.

Além do abandono massivo de fiéis e dos casos de abuso sexual, a Igreja na Alemanha enfrenta outra crise com o “Caminho Sinodal Alemão”, um movimento de membros da Igreja Católica que propõe reformas modernizantes cada vez mais afastadas da doutrina Católica. (FM)

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