“Fechamento de igrejas me lembra da época do comunismo”, diz Bispo romeno
“Naquela época era o comunismo, agora é o coronavírus. A situação é diferente, mas as realidades são muito parecidas”, afirmou Dom Virgil Bercea.
Romênia – Bucareste (Segunda-feira, 20-04-2020, Gaudium Press) Ao Bispo Greco-católico de Oradea na Romênia, Dom Virgil Bercea, as restrições ao culto destes dias recordam as épocas da ditadura de Ceausescu.
Realidades muito parecidas
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“Experimentamos isso antes, quando o não ter nada era normal. Naquela época era o comunismo, agora é o coronavírus. A situação é diferente, mas as realidades são muito parecidas”, expressou o prelado à CNS.
Tínhamos que adorar em nossos lares
“Nossa igreja foi proibida e obrigada a viver clandestinamente sob o comunismo: não tínhamos sacerdotes e tínhamos que adorar em nossos lares”, recorda Dom Bercea, que foi ele vítima pessoal das perseguições sob o regime tirânico.
O que resta mais uma vez é a oração em casa
“Agora tudo está fechado novamente, igrejas, escolas e universidades, e tudo o que resta mais uma vez é a oração em casa. É uma situação angustiante e difícil. Muitos dizem que a situação sob o comunismo retornou. Mas entendemos seus sofrimentos e podemos esperar que termine logo desta vez”, deseja o Bispo, que revive recordações de quatro décadas, quando “não havia possibilidade de adorar, e menos ainda celebrar a Páscoa”.
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Excesso de ‘zelo’ policial ou estatal
É certo também que, como na Europa ocidental, tem ocorrido na Europa do leste alguns casos de excesso de ‘zelo’ policial ou estatal na hora de exigir o cumprimento de normas de prevenção para coronavírus em igrejas. É verdade também que a normatividade é diferente por país.
Esperança de que as restrições terminem logo
Mas se há algo que é comum é o crescente desejo de milhões de fiéis de todo o orbe, de que se retomem os serviços religiosos, ainda que para isso se deva estabelecer regulamentos ou medidas no interior dos templos para cuidar da saúde. (EPC)
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