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Fé na vitória de Jesus e da Igreja

Quando os apóstolos viram o túmulo de Jesus vazio, uma pequena centelha de fé começou a crescer em seus corações, até tornar-se aquela verdadeira labareda que tomaria conta da face da Terra: a Fé Católica.

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Redação (08/04/2023 10:57, Gaudium Press) Ainda era bem de madrugada, quando Maria Madalena dirigiu-se ao túmulo de Jesus. Nosso Senhor tinha sido crucificado na sexta-feira, mas predissera diversas vezes que a sua Ressurreição se daria ao terceiro dia, após sua morte. Mas, segundo podemos entrever, Maria não fora ao sepulcro para ver o Senhor ressuscitado; talvez tal hipótese nem lhe passasse pela cabeça.

Porém, quando lá chegou, a pedra que fechava o túmulo havia sido retirada, e a sepultura estava vazia. Então Madalena saiu correndo para avisar os apóstolos Pedro e João. Quando estes chegaram ao lugar, encontraram apenas as faixas e o pano que envolveram o Salvador após sua morte. Mas Jesus, onde estava? Ninguém o sabia. Contudo, o apóstolo a quem o Senhor amava, João Evangelista, confessou que, neste momento, “viu e acreditou” (Jo 20,8).

Uma centelha de esperança

Em que ele acreditou? Na Ressurreição? Não é tão fácil afirmá-lo, pois o apóstolo virgem diz no final do Evangelho que, tanto ele quanto São Pedro, “ainda não haviam compreendido a Escritura, segundo a qual ele [Jesus] devia ressuscitar dos mortos” (Jo 20,9). Mesmo assim, os apóstolos encontravam-se diante de uma evidência: Nosso Senhor tinha sido morto e sepultado ali, mas não estava no túmulo. Onde se encontraria ele agora? Teriam roubado o corpo? Ora, as faixas em que foi envolto estavam organizadas (Cf Jo 20,7), e é sabido que organização não é qualidade dos ladrões…

Por mais que ainda não tivessem compreendido que Nosso Senhor ressuscitaria, alguma esperança começava a brotar no coração dos apóstolos, pois “viram e acreditaram” (Cf. Jo 20,8). Mas qual foi o fundamento de tal esperança?

Seria forçoso afirmar que, durante a Paixão, os apóstolos já tivessem fé na ressurreição de Jesus – mesmo sem a compreender muito bem –, caso contrário não teriam fugido, e ido ao túmulo para verem Nosso Senhor ressuscitado. No que consistiu, pois, esta pequena mecha de esperança?

Eles tinham convivido muito com Nosso Senhor. Presenciaram milagres, como curas de cegos, de leprosos, de coxos, de surdos etc. Seus corações haviam amado muito ao Divino Mestre e eles tinham a certeza – talvez implícita – que Jesus nunca poderia ser derrotado. Mesmo que os fatos aparentassem afirmar o contrário, no fundo de suas almas, estava gravada a seguinte convicção: “A vitória tem que ser de Nosso Senhor”. Ora, quando viram o túmulo vazio, esta pequena centelha de fé na vitória de Jesus começou a crescer até tornar-se uma verdadeira labareda que tomaria paulatinamente conta de toda a Terra: a fé Católica.

Como ter Fé na vitória da Igreja?

Neste domingo de Páscoa, somos convidados a imitar os apóstolos Pedro e João. Todo católico é testemunha das maravilhas da Igreja, seja contemplando a sua história três vezes santa ou mesmo sendo objeto de sua bondade.

Quem a ama verdadeiramente tem a plena certeza de que a Igreja não pode ser derrotada. É este amor, é esta convicção que serve como centelha de esperança mesmo quando, por absurdo, nos deparamos diante daquilo que poderia ser chamado de “Paixão da Igreja”. Claro está que esta “Paixão” não culminará com a sua morte. Mas, assim como o Corpo Sagrado de Jesus foi de tal modo desfigurado em sua crucifixão, o seu Corpo Místico pode, às vezes, tornar-se quase irreconhecível, se comparado aos séculos que nos precederam. Se algum dia isto se der, o que nos sustentará será o nosso amor pela Igreja e a nossa Fé na sua vitória.

O verdadeiro católico não se deixaria abalar nestes momentos. Ele sofreria – é verdade – mas, a exemplo dos apóstolos, confiaria na vitória final de Jesus e de seu Corpo Místico.

Aproveitemos esta Páscoa para crescermos nesta fé e no nosso amor pela Igreja. Rezemos para que Ela possa estender-se por toda a Terra, e levar a todos os povos a luz de Cristo.

Por Lucas Rezende

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