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Legalização da eutanásia pode ser tema de consulta à população, na França

Porta voz do governo francês, Gabriel Attal, confirmou a possibilidade de uma consulta popular sobre a eutanásia.

Legalizar a eutanásia ou o suicídio assistido “implica iniciar um caminho de desvalorização da proteção da vida humana”: “Propõe-se acabar com a vida de uma pessoa como única solução para seu sofrimento”.

França – Paris (11/09/2021 5:00, Gaudium Press) Poucos meses antes da eleição presidencial, rumores de que a eutanásia poderia reaparecer no debate politico francês foram confirmados por Gabriel Attal, porta-voz do atual governo. 

Segundo Gabriel Attal a reprodução assistida (PMA – Procréation Médicale Assitée, em francês) e a eutanásia são questões sociais importantes a serem discutidas. “Todo mundo deseja um fim de vida mais digno”, afirmou.

Gabriel disse ser favorável à eutanasia em alguns casos de doenças incuráveis, mas não descarta a existência de outras possibilidades. “Por isso a ideia de dar a palavra aos franceses, pois qualquer decisão sobre este tema precisa de uma validação deles no âmbito da eleição presidencial”, afirmou.

gabriel attal

Legalização da eutanásia pelo mundo

Na França, a eutanásia, dita “ativa”, é ilegal. Mas a lei Claeys-Leonetti de 2016 permite a ausência de tratamentos e a sedação contínua até o falecimento para pacientes com doenças terminais.

A suícido assistido é atualmente autorizado em 7 países do mundo: Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Espanha, Nova Zelândia, Colômbia e Canadá. Porém, a eutanásia é frequentemente tema de debates éticos e políticos e está presente na pauta de muitos outros governos. 

Na carta Samaritanus Bonus, de 2020, a Igreja reafirmou sua posição à eutanásia:  “A Igreja considera que deve reafirmar como ensinamento definitivo que a eutanásia é um crime contra a vida humana porque, com tal ato, o homem escolhe causar diretamente a morte de um outro ser humano inocente”. (FM)

Com informações de Le Monde

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