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E o nome da Virgem era Maria…

Que seu nome nunca se aparte de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro de sua intercessão, não negligencie os exemplos da sua vida. Seguindo-A, não se desviarás, rezando-lhe, não se desesperarás, pensando nela, evitarás todos os erros.

Nossa Senhora

Foto: Pixabay/JackieLou DL.

Redação (12/09/2023 12:27, Gaudium Press) Dizia Santo Antônio Maria Claret que: “o Pai Eterno a escolheu como sua Filha muito amada, o Filho Eterno a tomou por sua Mãe, e o Espírito Santo, por Esposa; toda a Santíssima Trindade a coroou como Rainha e Imperatriz do céu e da terra, e a constituiu dispensadora de todas as graças”.

O nome desta escolhida do Céu é Maria. Nome que é como um bálsamo para todos os doentes ou necessitados. Nunca se pronunciará o seu nome sem ver-se protegido, mesmo que seja pelo mais criminoso dos pecadores.

Basta pronunciar o seu nome, Maria, que o inferno treme -afirmava São Boaventura-, e todos os demônios fogem. “Eles têm tanto medo que, só de ouvir pronunciar o seu grande Nome, fogem de quem o diz como se fosse um fogo ardente”, escreveu Thomás Kempis.

Embora a festividade do Doce Nome de Maria tenha nascido no Oriente, no século V, a Espanha foi a primeira a obter autorização da Santa Sé para celebrar a festa em 1513, no dia 12 de setembro de cada ano. Já em 1683, o Papa Inocêncio XI decretou que toda a Igreja celebrasse solenemente a festa do Santíssimo Nome de Maria.

O nome, para os antigos, sempre esteve ligado à missão ou caráter especial do nascituro. Belas são as revelações que a religiosa espanhola Irmã María de Jesús de Ágreda (1602-1665) narra em seu livro Cidade Mística de Deus. Esta visionária narra a cena na qual a Santíssima Trindade determina o nome à Maria. Ela relata que os anjos ouviram a voz do Pai Eterno que anunciava: “Maria deve ser chamada de nossa escolhida, e este nome deve ser maravilhoso e magnífico. Aqueles que a invocarem com afeto devoto receberão graças abundantes; os que a estimem, e pronunciem com reverência, serão consolados e vivificados; e todos encontrarão nele um remédio para as suas doenças, tesouros para enriquecer-se, luz para que os encaminhe à vida eterna”.

Nosso Senhor, no alto da Cruz, desdobrou-se em amor por nós colocando-a como Mãe ao dizer: “Mulher, eis aqui o teu filho. Depois disse ao discípulo: eis aí tua Mãe” (Jo 19, 26-27).

Em mais de dois mil anos de existência da Santa Igreja Católica, como nos recorda a oração ‘Lembrai-vos’, “nunca se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorado vossa assistência e reclamado vosso socorro, fosse por Vós desamparado”, porque Maria sempre ouviu com ouvidos de Mãe, com ouvidos de bondade.

Quantos foram os que, diante dos perigos da vida diária, –e especialmente– diante dos perigos morais, foram protegidos ao pronunciar o Nome –tão belo e cheio de graça– de Maria.

É importante, diante de tanta admiração, recordar o que o Papa Bento XVI afirmou em 28 de maio de 2011: “Desde sempre ficou claro que a catolicidade não pode existir sem uma atitude mariana, que ser católico significa ser mariano, que isso significa amor à Mãe, que na Mãe e através da Mãe encontramos o Senhor”.

Aqui deixo, aos meus queridos leitores, a mais bela súplica que já conheci à Maria Santíssima, de autoria de São Bernardo, intitulada “Olha a estrela, invoca Maria”:

Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrastado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta estrela.

Se o vento das tentações se levanta, se o escolho das tribulações se interpõe em teu caminho, olha a estrela, invoca Maria.

Se és balouçado pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria.

Se a cólera, a avareza, os desejos impuros sacodem a frágil embarcação de tua alma, levanta os olhos para Maria.

Se, perturbado pela lembrança da enormidade de teus crimes, confuso à vista das torpezas de tua consciência, aterrorizado pelo medo do Juízo, começas a te deixar arrastar pelo turbilhão da tristeza, a despenhar no abismo do desespero, pensa em Maria.

Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria.

Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro da intercessão d’Ela, não negligencies os exemplos de sua vida.

Seguindo-A, não te transviarás; rezando a Ela, não desesperarás; pensando n’Ela, evitarás todo erro.

Se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nada terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás; se Ela te é favorável, alcançarás o fim.

E assim verificarás, por tua própria experiência, com quanta razão foi dito: “E o nome da Virgem era Maria”.

Diante de tão bela invocação, lembro-me da recomendação do grande líder católico brasileiro do século passado, Plinio Corrêa de Oliveira, a um grupo de jovens no final de uma de suas muitas conferências: “Nunca, nunca, nunca deixem de rezar a Nossa Senhora. Na hora do perigo, peça ajuda a Ela. Se você cair em perigo, peça a ela para se levantar. Reze a Ela, junte-se a Ela, seja dEla, tanto quanto for possível. Ela terá compaixão e os levantará”. Salve Maria!

Por Padre Fernando Gioia, EP

www.reflexionando.org

(Publicado originalmente em La Prensa Gráfica de El Salvador, 10 de setembro de 2023)

Traduzido por Emílio Portugal Coutinho

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