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Duas mulheres foram mortas na paróquia católica de Gaza

A paróquia católica da Santa Família, na Faixa de Gaza, foi alvo de um ataque por parte do exército israelense, resultando na morte de duas mulheres, mãe e filha, que ali estavam refugiadas

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Redação (18/12/2024 14:00, Gaudium Press) No último sábado, 16 de dezembro, a paróquia católica de Santa Família, na Faixa de Gaza, foi alvo de um ataque por parte do exército israelense, resultando na morte de duas mulheres, mãe e filha, que ali se refugiavam.

A informação da morte das duas mulheres foi confirmada pelo Patriarcado Latino de Jerusalém, que ressaltou que não há “terroristas” escondidos na paróquia. De acordo com o comunicado do Patriarcado Latino de Jerusalém, as duas vítimas mortas, Nahida Khalil Anton e sua filha, Samar Kamal Anton, foram atingidas por um atirador de elite do exército israelense, enquanto se dirigiam ao toilette. O comunicado enfatizou ainda que as pessoas não foram notificadas nem prevenidas e que as duas mulheres foram mortas a sangue frio.

O Papa Francisco, durante a oração do Angelus no último dia 17 de dezembro, expressou sua tristeza com o ocorrido e destacou que a paróquia, a única de Gaza, abrigava famílias, crianças, enfermos e religiosas, mas nenhum terrorista. O Santo Padre pediu orações pela paz e condenou os ataques a civis. O Papa lamentou também o ataque contra o convento das Irmãs de Madre Teresa, os mísseis israelitas danificaram o gerador de energia e em consequência várias pessoas com deficiência e dependentes de respiradores artificiais precisarão ser realocadas.

A comunidade católica na Faixa de Gaza, onde a maioria da população é muçulmana, é composta por 135 membros entre pouco mais de mil habitantes cristãos, dos quais a maioria é ortodoxa. Apesar de pequena, a paróquia é muito ativa propondo atividades com a população mais necessitada. Atualmente, com o conflito na região, a paróquia tornou-se um refúgio para famílias e enfermos, conforme descreveu o Papa durante o Angelus. (FM)

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