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Dois anos do incêndio de Notre-Dame: um documentário

A maravilhosa Catedral de Paris, símbolo da catolicidade francesa e da Europa cristã, quase foi devorada pelas chamas no dia 15 de abril de 2019.

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Redação (15/04/2021 10:08, Gaudium Press) Notre-Dame, que começou a elevar-se à vista dos homens em meados do século XII e se mostrou esplendorosa no reinado de São Luís.

Notre-Dame, onde se veneravam a Coroa de Espinhos, um fragmento da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo e um dos cravos com que nela O pregaram.

Notre-Dame, com sua fachada de beleza perfeita emoldurada por duas altas torres e sua esguia agulha central apontando para o céu.

Notre-Dame, maculada durante o Terror pelo idolátrico culto da deusa razão.

Notre-Dame, cujas imagens dos reis da Judeia foram decapitadas por fanáticos partidários da “liberdade, igualdade e fraternidade”.

Notre-Dame, que sobreviveu às veleidades do Ancien Régime, ao furor anticristão da Revolução Francesa e à ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

Notre-Dame, declarada Patrimônio da Humanidade, visitada anualmente por treze milhões de turistas…

Séculos de História quase devorados pelas chamas

A maravilhosa Catedral de Notre-Dame, símbolo da catolicidade francesa e da Europa cristã, quase foi devorada pelas chamas no dia 15 de abril de 2019.

Sua cobertura sustentada por uma monumental trama de vigas de carvalho foi totalmente destruída. A flecha que coroava o cruzeiro desabou sobre a nave central, soterrando com vigas chamuscadas a mesa do altar.

Soaram os sinos das igrejas parisienses, convidando os fiéis a rogar a Deus que detivesse o incêndio. Ajoelhados nas ruas adjacentes, homens e mulheres, jovens e anciãos, cantavam com fé a Ave-Maria, enquanto assistiam ao terrível avançar das chamas ao longo do teto[1].

Dois anos do incêndio de Notre-Dame

Para lembrar essa data, os irmãos Jules et Gédéon Naudet, famosos por documentários, como o do ataque às torres gêmeas em Manhattan, prepararam um outro – “segundo a segundo” – sobre o incêndio que chocou o mundo inteiro.

Muitos dos 600 bombeiros que participaram do heroico apagar do fogo são os protagonistas deste documentário.

O grande dilema

Por exemplo, conta o general Gallet – que estava lá como chefe de operações – que, em conversa com o presidente francês Macron, levantou o dilema de deixar o secular edifício desmoronar completamente ou tentar salvá-lo com a possibilidade de perder dezenas de seus homens e mulheres. Macron deu a ordem para tentar salvá-lo, e os bombeiros cumpriram sua missão sem perder vidas.

Ou o testemunho de Marie-Ange que tinha acabado de entrar nos bombeiros de Paris e que teve que ir lá para seu primeiro incêndio. Notre-Dame se incendiava: Primeiro ela foi atingida pela incredulidade; depois, já no local, a visão caótica de uma situação incontrolável.

Réalisateurs, témoins et rescapés : vous connaissez les fr’res Naudet ? ⬇

Leur dernier reportagem sur les flammes de #NotreDame, c’est ce soir. pic.twitter.com/UKAh7LGq0v

— TMC (@TMCtv) 13 de abril de 2021

Uma coisa que impressionou muito e encorajou os bombeiros foram os cantos religiosos espontâneos das pessoas que começaram a se reunir nos arredores: “Esses cantos, quando ouvidos de alto, pareciam quase irreais. (…) Era uma coisa que se escutava como vinda do céu”, diz um dos bombeiros.

Des centaines de m’tres de hauteur, les pompiers entendent les chants pour #NotreDameDeParis. pic.twitter.com/SKTWifHxev

— TMC (@TMCtv) 13 de abril de 2021

O documentário foi transmitido no último dia 13 de abril pela rede francesa TMC.


[1] Texto extraído da Revista Arautos do Evangelho n.210, junho 2019.

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