Ditadura de Ortega prende vigário-geral e tesoureiro da arquidiocese de Manágua

Há poucos dias, Dom Avilés havia declarado que “o presidente Daniel Ortega mente quando diz que há liberdade na Nicarágua”. A privação de sua liberdade parece ser uma clara retaliação às suas palavras.

Redação (29/12/2023 15:08, Gaudium Press) A perseguição do regime de Ortega à Igreja Católica se intensificou no final deste ano. Na noite passada, foi registrado o sequestro e a prisão do vigário-geral da Arquidiocese de Manágua, Dom Carlos Avilés.

Isso ocorre dias após a prisão de Dom Isidoro Ortega, bispo de Siuna, por ter expressado publicamente que a Igreja estava rezando pelo Bispo Dom Rolando Álvarez, que ainda se encontra na prisão.

Uma fonte policial informou que Dom Avilés foi enviado para a Delegacia de Polícia 3, em Manágua, que substituiu a sinistra prisão de El Chipote como local de detenção para presos políticos.

Há poucos dias, Dom Avilés havia declarado que “o presidente Daniel Ortega mente quando diz que há liberdade na Nicarágua”. A privação de sua liberdade parece ser uma clara retaliação às suas palavras.

Em 2022, Dom Avilés foi um dos primeiros a acusar o regime de Ortega de espionar sacerdotes e sitiar templos.

Tesoureiro da Arquidiocese de Manágua sequestrado

No dia 27, o tesoureiro da Arquidiocese de Manágua e pároco da igreja de Santo Cristo de Esquipulas, em Manágua, Pe. Héctor Treminio, também foi sequestrado.

O sequestro ocorreu após a missa da tarde pela polícia sandinista.

A reação de Dom Báez

Reagindo aos recentes acontecimentos enquanto exilado na Flórida – EUA -, o Bispo Auxiliar Dom Silvio Báez escreveu:

“Estou indignado com o sequestro injusto de três amados sacerdotes de Manágua pela criminosa ditadura sandinista: Pe. Pablo Villafranca, Dom Carlos Aviles e Pe. Héctor Treminio, pastores e profetas. Peço a Deus que os proteja e que sejam libertados imediatamente!”