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Ditadura de Ortega persegue agora leigos da Igreja Católica

A prisão desses três leigos é interpretada como uma vingança direta da ditadura de Ortega contra Dom Rolando Álvarez e à Igreja Católica.

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Redação (26/01/2024 15:12, Gaudium Press) Martha Patricia Molina, pesquisadora e advogada especializada na perseguição do regime de Ortega à Igreja Católica, relata que agentes da ditadura sequestraram e condenaram, em dezembro passado, três leigos, uma mulher e dois homens que colaboraram com o bispo Rolando Álvarez, que recentemente foi deportado para a Itália.

Em sua conta no X, Martha escreveu: “Marivi Elieth Andino Ramirez foi sequestrada no domingo, 21 de maio de 2023, por policiais e paramilitares. Ela foi transferida para Manágua para presídios onde são praticados mais de 40 mecanismos de tortura, tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. A ditadura sandinista não se importou”.

A advogada destacou que: “Marivi foi condenada a portas fechadas e sem direito de defesa, agora terá que cumprir seis anos de prisão somente por ser católica e ter trabalhado na Cáritas Diocesana de Estelí.

Outra vítima do regime de Ortega é Julio Rafael Berríos Noguera, de 60 anos, sequestrado pela Polícia em 22 de maio de 2023 por ser católico, fazer parte da equipe da Cáritas-Estelí e ter trabalho com Dom Rolando Álvarez.

Assim como Marivi, Julio Rafael foi condenado a seis anos de prisão e enfrenta doenças graves e crônicas. Segundo as informações fornecidas por Molina, a saúde dele deteriorou-se ainda mais e ele não tem acesso aos cuidados médicos necessários.

Molina ainda relata o caso de Santos Julio Sevilla Rivera, de 55 anos, sequestrado pela Polícia de Ortega em 20 de maio de 2023, “sem consideração pelas dificuldades de deficiência que enfrenta”.

Julio trabalhou como mensageiro da Cáritas Estelí por 23 anos e foi membro do coro da paróquia de San Francisco de Asís por 26 anos. No momento de sua detenção, os policiais questionaram: “Onde está o homem do coro da igreja?” Ele foi condenado a seis anos de prisão por suposta lavagem de dinheiro.

A Associação Cáritas Diocesana de Estelí perdeu sua personalidade jurídica em 7 de fevereiro de 2022, o que marcou o início do desastre da organização em toda a Nicarágua. Em 27 de maio de 2023, o regime alegou que a Cáritas Diocesana de Nicarágua estava envolvida em um crime de lavagem de dinheiro.

A prisão desses três leigos é interpretada como uma vingança direta da ditadura de Ortega contra colaboradores de Dom Rolando Álvarez, figura-chave na resistência à opressão, à grave violação dos direitos humanos e à liberdade religiosa na Nicarágua.

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