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Distinguindo pastores

Reflexões sobre o Evangelho do IV Domingo de Páscoa.

Bom Pastor

Redação (25/04/2021 09:06, Gaudium Press)

Naquele tempo, disse Jesus: “Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas Me conhecem, assim como o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo conduzir; escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor. (Jo 10, 11-16)

Como diferenciar o bom pastor – imitação fiel de Jesus Cristo – do mau pastor e do mercenário em nossos dias?

Uma das primeiras obras de Santo Antônio Maria Claret, bispo e exemplo de verdadeiro e zeloso pastor de almas, foi o opúsculo Avisos a um Sacerdote – o qual contém uma compilação de 32 valiosos conselhos aos ministros sagrados.

Talvez uma breve meditação a respeito da seriedade e gravidade deste elevado estado – o sacerdotal –, que vemos tão bem expressas nos conselhos do santo, fornecer-nos-ão elementos para saber distinguir entre uns e outros.

Seguem, pois, alguns trechos da mencionada obra.

 * * *

“Pastor que seja somente bom de coração, mas não de entendimento, este pouco ajudará as ovelhas.”

“Se o penitente ignora a doutrina da fé e da lei, as obrigações de seu estado, as culpas, os princípios e os meios necessários e úteis para evitá-las, tu, que és mestre, deves dissipar as trevas de seu entendimento com a luz da santa doutrina, a fim de que assim se remova o pecado e se impeçam as quedas.”

“Resplandeça tua modéstia diante de Deus e dos homens; e entende que, se esta não te acompanha no exercício de teu ministério, ainda que este seja santo, será para ti um laço (…). Cuida da compostura de teu rosto, da gravidade no andar e que todos os movimentos de teu corpo correspondam à santidade de teu grau (…).”

“Teu quarto seja decente, modesto e limpo; e tua vestimenta, pela qualidade, pela forma e cor, modesta, grave e canônica.”

“Que os sequazes do mundo vejam em ti uma imagem viva daquele Divino Exemplo e, assim, se envergonhem de sua vida dissoluta e sensual; os bons se sentirão animados e estimulados a se aperfeiçoarem na virtude, e os inimigos do nome cristão, quando não se convertam, respeitarão, ao menos, nosso estado sacerdotal. (…) Onde o sacerdócio foi modelo ao povo de virtude e de religião, ali, regularmente, se conservou intacto o puro depósito da Fé, não degeneraram os costumes, mas antes se manifestou todo aquele esplendor que tanto brilha nas virtudes morais.”

Por Afonso Costa

(Tradução nossa)

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