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Diante da perspectiva de uma guerra mundial, não se esqueça de Fátima e reze…

Em meio a um cenário cada vez mais tenso, o cristão sabe onde depositar sua esperança.

Foto: Museums Victoria/ Unsplash

Foto: Museums Victoria/ Unsplash

Redação (24/11/2024 09:55, Gaudium Press) A possibilidade de uma guerra mundial, que representa um sinônimo de catástrofe nuclear, configura-se como uma realidade. Para aqueles que acompanham os acontecimentos mundiais ao longo das últimas décadas, nunca se presenciou uma situação tão iminente – conforme afirmam os mais experientes – desde a crise dos mísseis cubanos, ocorrida em outubro de 1962.

Atualmente, observamos ações significativas, como o lançamento de mísseis balísticos hipersônicos por parte do presidente da Rússia, Putin; enquanto o governo Biden ratifica que seus mísseis de longo alcance podem ser utilizados por Zelensky a seu critério. O comandante das Forças Armadas britânicas declara que seus soldados estão prontos para serem empregados em qualquer lugar do globo; a Suécia e a Finlândia praticamente alertam seus cidadãos sobre a necessidade de se prepararem para uma “possível guerra”; os EUA e os países europeus estão temporariamente fechando suas embaixadas em Kiev; a Coreia do Norte – agora com tropas na frente ucraniana – discute abertamente questões de guerra em decorrência dos exercícios militares conjuntos ao norte da Coreia do Sul. Esses elementos, entre muitos outros, falam por si mesmos.

Alguns podem argumentar que as nações estão apenas demonstrando hostilidade, como os cães que rosnam e mostram os dentes, e existe uma certa veracidade nesse ponto. Contudo, o próprio Putin parece estar em um beco sem saída, podendo enfrentar uma crise interna, caso as cidades no interior da Rússia forem atacadas. A falta de uma resposta contundente poderia comprometer sua própria sustentabilidade política, visto que ele se mantém no poder apenas por meio de uma imagem de autocrata conquistador. Basta lembrar o episódio envolvendo os mercenários do grupo Wagner para perceber isso. E no antigo império dos czares, essas coisas não se resolvem com uma saída pacífica do poder, mas com derramamento de sangue. Os cães estão rosnando, mas a adrenalina já foi ativada.

Entretanto, erram profundamente aqueles que consideram todos esses cenários sob uma perspectiva puramente natural, desconsiderando que quem governa a história não é apenas o homem, mas, acima de tudo, Deus. Portanto, a questão fundamental é: o que Deus deseja e o que Deus está disposto a permitir?

Nesse contexto, não podemos deixar de recordar as palavras de Nossa Senhora em Fátima, ao anunciar o fim da Primeira Guerra Mundial: “A guerra vai acabar. Mas, se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI, começará outra pior”. De fato, como Nossa Senhora profetizou, teve início uma outra muito pior, que quase estabeleceu o poder do nazismo e do comunismo, resultando em dezenas de milhões de mortos.

No entanto, Nossa Senhora estabeleceu a premissa que leva à conclusão: a guerra é consequência do afastamento dos homens de Deus. Se as pessoas se afastam de Deus, a guerra vem. E, assim, quem vê a situação atual do mundo não pode deixar de temer a eclosão da temida Terceira Guerra Mundial, que obviamente seria muito mais global e muito mais terrível do que as duas anteriores. Como afirmou Einstein: “A Quarta Guerra seria travada com paus e pedras, dada a tamanha destruição da Terceira”.

Nos dias atuais, observa-se uma tendência preocupante entre as regiões distantes dos focos dos conflitos: não considerar as terríveis possibilidades que podem advir dessas tensões. Essa atitude pode ser interpretada como um simples mecanismo de defesa psicológica: diante de tantos problemas que pesam na mente das pessoas atualmente, por que se sobrecarregar com mais? Todavia, essa postura pode ser comparada com a técnica do avestruz, que enfia a cabeça em um buraco. Apesar dessa técnica trazer algum alívio para o espírito, ela não afasta os predadores nem os perigos.

Porém, há algo que todos nós podemos e devemos fazer, especialmente aqueles que veem a realidade sob um prisma sobrenatural: unir-se a Deus, buscar a Deus, rezar a Deus, preferencialmente por intermédio de sua Mãe. Desse modo, o mundo, ao se aproximar de Deus, deixará de ofendê-Lo.

Nossa esperança e confiança devem estar em Deus. Se, porventura, o superacordo for alcançado amanhã, conduzindo à paz total, a pergunta deve permanecer a mesma, aquela feita por Nossa Senhora de Fátima: deixamos de ofender a Deus?

Se a resposta for negativa, não haverá acordo que se sustente. E a frase das Escrituras poderia ser aplicada: “Quando os homens disserem: Paz e segurança!, então repentinamente lhes sobrevirá a destruição” (1 Ts 5,3).

Mas se a resposta for afirmativa, Deus virá em nosso auxílio, em meio às mais terríveis perspectivas ou situações, pois Ele não deixa nenhuma oração sem ser atendida e, sobretudo, Ele não abandona os seus.

Mais do que promover um acordo – que, evidentemente, deve ser realizado com todos os recursos legítimos disponíveis – o que devemos fazer é rezar a Deus e à Mãe de Deus para alcançar a paz, mas, em especial, para que os homens deixem de ofender a Deus.

Por Saúl Castiblanco

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