Devemos levar a alegria de Jesus ao nosso próximo, exorta o Papa Francisco
“O primeiro ato de caridade que podemos fazer ao nosso próximo é oferecer-lhe um rosto sereno e sorridente. É levar a ele a alegria de Jesus, como Maria fez com Isabel”, afirmou o Pontífice.
Cidade do Vaticano (20/12/2021 12:19, Gaudium Press) No último domingo, 19, antes da recitação da oração mariana do Angelus diante dos peregrinos presentes na Praça de São Pedro, o Papa Francisco recordou do Evangelho do dia, que narrava a visita de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel.
O Santo Padre destacou que após receber o anúncio do anjo, Nossa Senhora não “não fica em casa, pensando no que aconteceu e considerando os problemas e imprevistos, que certamente não faltaram”. Ao invés de ficar curvada sobre seus problemas, “pensou em Isabel sua parente em idade avançada e grávida”.
Nossa Senhora doou a alegria de Jesus à Santa Isabel
Francisco ressalta que a Mãe de Deus “partiu com generosidade, sem se deixar amedrontar pelo desconforto do trajeto, respondendo a um impulso interior que a chama a estar perto e ajudar. Uma longa estrada, quilômetros e quilômetros. Não havia ônibus naquela época. Ela foi a pé. Ela saiu para ajudar. Como? Partilhando a alegria”.
Nossa Senhora doa à sua prima Santa Isabel a alegria de Jesus, a alegria que ela carregava em seu coração e no ventre. Vai até ela e proclama os seus sentimentos, e esta proclamação dos sentimentos passou depois a ser uma oração, o Magnificat que todos nós conhecemos.
Deus é grande e está pronto para nos reerguer, se nós estendermos a mão a Ele
Em seguida, o Pontífice sublinhou o trecho no texto que diz que Nossa Senhora “se levantou e foi às pressas”. “Levantar-se e caminhar às pressas. Estes são os dois movimentos que Maria fez e que nos convida a fazer em vista do Natal. Primeiramente, levantar-se. Depois do anúncio do anjo, se aproxima um período difícil para a Virgem: a gravidez inesperada a expôs a incompreensões, a punições severas, até mesmo à lapidação, na cultura daquele tempo. Imaginemos quantos pensamentos e perturbações ela teve! No entanto, ela não desanimou, não se abateu, mas se levantou. Não olhou para baixo para os seus problemas, mas para o alto, para Deus”, comentou.
“Não pensou em quem pedir ajuda, mas a quem levar ajuda. Sempre pensando nos outros: Maria é assim. Pensa nas necessidades dos outros. Ela fará o mesmo nas Bodas de Caná, quando vê que falta o vinho. É um problema dos outros, mas ela pensa nisso e procura encontrar uma solução. Maria pensa sempre nos outros, pensa em nós”, afirmou o Papa Francisco.
O Santo Padre sublinha que devemos aprender de Nossa Senhora esta maneira de reagir: “levantar-se, especialmente quando as dificuldades ameaçam nos esmagar. Levantar-se, para não ficar atolado nos problemas, afundando na autopiedade e caindo numa tristeza que nos paralisa. Olhando para dentro e ficando na tristeza. Mas, por que se levantar? Porque Deus é grande e está pronto para nos reerguer, se nós estendermos a mão a Ele”.
O primeiro ato de caridade que podemos fazer ao nosso próximo
Logo depois Francisco tratou sobre o segundo movimento de Nossa Senhora “caminhar às pressas”, frisando que isto não significa proceder com agitação, mas “conduzir nossos dias com um passo alegre, olhando em frente com confiança, sem nos arrastarmos com má vontade, escravos das reclamações, aquelas reclamações que arruínam muitas vidas, porque a pessoa coloca aquilo dentro e reclama, reclama. As reclamações levam a procurar sempre alguém a quem culpar”.
“O caminho da casa de Isabel, Maria prossegue com o passo rápido de alguém cujo coração e vida estão cheios de Deus, cheios de sua alegria. Então nos perguntemos: como está meu ‘passo’? Sou ativo ou fico na melancolia, na tristeza? Sigo em frente com esperança ou paro para sentir pena de mim mesmo? Se continuarmos com o passo cansado de resmungo e fofoca, não levaremos Deus a ninguém. Levaremos somente amargura e coisas obscuras. O primeiro ato de caridade que podemos fazer ao nosso próximo é oferecer-lhe um rosto sereno e sorridente. É levar a ele a alegria de Jesus, como Maria fez com Isabel. Que a Mãe de Deus nos pegue pela mão, nos ajude a nos levantar e a caminhar às pressas para o Natal”, concluiu. (EPC)
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