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Descriminalização do aborto: Bispos da Coreia do Sul declaram-se contrários

Os Bispos coreanos expressam seu total desacordo com “Comissão para a Igualdade de Gênero” que quer passar o que é considerado crime como sendo um direito.

Os Bispos coreanos expressam seu total desacordo com “Comissão para a Igualdade de Gênero” que quer passar o que é considerado crime como sendo um direito.
Seul – Coreia do Sul (02/09/2020, 15:48 – Gaudium Press) Um memorando oficial dos Bispos da Coreia do Sul, recentemente divulgado, desenvolve argumentos para deixar bastante claro o “não” do episcopado às leis que descriminalizam o aborto.

Os Bispos desenvolvem seus argumentos em defesa da vida na esteira de notícias que circularam nos últimos dias na Coreia do Sul a propósito das “recomendações” apresentadas pela “Comissão para as Políticas de Igualdade de Gênero” (órgão consultivo do Ministério da Justiça da Coreia) sobre a abolição da regulamentação em vigor a propósito da interrupção da gravidez.

“Comissão para as Políticas de Igualdade de Gênero” tem como objetivo legalizar o aborto

De acordo com a opinião dos prelados, a iniciativa da “Comissão para as Políticas de Igualdade de Gênero” tem como único objetivo legalizar o aborto “em nome da autodeterminação do direito da mulher que, no entanto, não pode preceder o direito à vida. Isso porque o nascituro e a mãe são seres distintos”.

“O feto é um ser vivo e, por isso, deve ser protegido”

Segundo os bispos, “a total abolição das penas para os crimes ligados ao aborto, viola o princípio constitucional que protege a vida da criança. E o Estado já se pronunciou sobre o assunto por meio de uma série de sentenças.
O próprio Tribunal Constitucional, em 11 de abril de 2019, reconheceu que o feto é um ser vivo e, por isso, deve ser protegido”.

Em vez de descriminalizar o aborto, criar condições para compartilhar responsabilidades

Os prelados citam então o exemplo de outros países onde a interrupção da gravidez é legal.
“Mesmo onde o aborto é permitido, ele não pode ser realizado exceto dentro de um certo limite de semanas de gravidez e, em qualquer caso, após uma consulta. Quanto mais avançada a gestação, maiores as chances de comprometer a saúde da mãe em caso de cirurgia. Em vez de descriminalizar o aborto, seria apropriado criar as condições adequadas para um compartilhamento das responsabilidades. Quer entre homens e mulheres, como entre Estado e sociedade. Indo além da decisão do indivíduo”.

Querem fazer aprovar o que é considerado crime como sendo um direito

A Conferência Episcopal também expressa seu total desacordo com os meios de comunicação que apoiam a iniciativa da Comissão, porque “quer-se fazer passar o que é considerado crime como um direito”.
“A Igreja pede que leis complexas como estas não possam ser aprovadas por maioria de votos, ignorando os valores universais fundados na dignidade da vida humana”, concluem os prelados. (JSG)

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