Deputado quer Constituição Suíça sem o nome de Deus
O nome de Deus na Constituição “contraria o princípio da neutralidade do Estado e não é mais adequada diante da crescente secularização da população”, diz deputado.
Redação (30/03/2021, 11:05, Gaudium Press) O deputado socialista Fabián Molina, membro do Conselho Nacional Suíço, apresentou uma moção no parlamento propondo que seja retirada a referência a Deus que está na Constituição da Suíça.
O nome de Deus na Constituição contraria o princípio da neutralidade do Estado
“Em nome de Deus Omnipotente!
O povo suíço e os cantões, conscientes de sua responsabilidade perante a criação…”
Esta proclamação vem afirmada logo na primeira frase do Preâmbulo da Constituição da Suíça.
O parlamentar socialista, membro do Conselho Nacional Suíço, afirma essa pequena referência a Deus “contraria o princípio da neutralidade do Estado e não é mais adequada diante da crescente secularização da população ”.
Por isso mesmo ele propõe a retirada do nome de Deus da Constituição e sua substituição por outra expressão atualizada. E até “justifica” seu pensamento: na Europa, “apenas Alemanha, Grécia, Irlanda e Polônia mantém um conceito de Deus em suas constituições”.
Substituir Deus por uma divindade originária da natureza e reverenciada no culto ao meio ambiente?
A iniciativa do deputado recebeu apoio de outros seis colegas do Conselho que participam de suas ideias e propõem a retirada do nome de Deus da Constituição.
Os parlamentares que endossam a ideia do deputado socialista têm em comum o fato defenderem a mentalidade “verde” que tem o meio ambiente como a expressão de uma religiosidade.
Talvez seja por isso mesmo que Fabián Molina se propõe a jurar lealdade à nova religião substituindo Deus pelo meio Ambiente e iniciando assim o texto da Constituição da Suíça:
“O povo suíço e os cantões, em responsabilidade com o meio ambiente”.
Não está seguro da aceitação suas intenções pelos suíços
Molina, o deputado que quer tirar o nome de Deus da Constituição da Suíça é de origem chilena e é também membro da Anistia Internacional e de várias ONGs (incluindo Swissaid), contudo não está seguro de que sua iniciativa agrade os suíços.
Fabián Molina garante que entrou para a política graças a seu pai que foi um ativista chileno de esquerda que fugiu de seu país durante o regime de Pinochet. (JSG)
(Com informações RCat/InfoCatolica)
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